(AFP PHOTO / Mark RALSTON)
O poderio individual dos norte-americanos prevaleceu sobre a valentia espanhola na tarde desta sexta-feira. Por isso, pela terceira vez seguida a seleção masculina de basquete dos Estados Unidos está na final olímpica e, assim como faz desde 2008, foi algoz da Espanha. Os astros da NBA bateram a equipe europeia por 82 a 76 na Arena Carioca 1 e no domingo disputam a decisão contra o vencedor de Sérvia x Austrália, duas seleções que venceu na fase de grupos.
Mais uma vez os Estados Unidos sofreram mais do que brilharam. A equipe está na final pela disputa do ouro, como já era previsto, sem fazer uma campanha avassaladora. Pela quarta vez em sete jogos, a vantagem foi inferior a dez pontos. Pelo menos Klay Thompson voltou a ser decisivo. O jogador do Golden State Warriors foi o cestinha da equipe, ao anotar 22 pontos. Mas quem fez pontos no jogo foi Pau Gasol, com 23.
A reedição das duas últimas finais olímpicas era a chance ideal para a melhor geração espanhola da história conseguir se despedir no ápice. Veteranos como Gasol, Navarro e Reyes, todos com 36 anos, conduziram a equipe ao título mundial, em 2006, e após duas medalhas de prata em finais perdidas para os Estados Unidos, encaravam a semifinal como um dos últimos obstáculos rumo à conquista inédita que escapou tanto em Pequim-2008 como em Londres-2012.
O aguardado jogo reuniu os favoritos americanos, donos de uma campanha ao melhor estilo do clichê "vencer sem convencer" e com placares apertados, contra os espanhóis, em franca evolução no torneio. Após perder para o Brasil, a equipe europeia cresceu e ganhou os três jogos anteriores com boa folga e vantagem acima de 20 pontos.
Sem temer os americanos e com vontade de revanche, a Espanha fez um jogo muito equilibrado. Gasol estava em tarde de muita pontaria, assim como Klay Thompson e Kevin Durant. A diferença a favor dos Estados Unidos era o aproveitamento superior nos arremessos de três pontos (quase 50% no primeiro tempo), suficiente para ajudar a equipe a ir para o intervalo com a vantagem de 45 a 39, apesar de ter feito menos pontos no segundo quarto.
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Ao contrário de jogos anteriores, como na fase de grupos, os Estados Unidos não podiam se dar ao luxo de somente administrar a vantagem. No mata-mata é mais arriscado. A Espanha conseguiu fazer um terceiro quarto bem equilibrado, capaz de ficar somente nove pontos atrás para o trecho final da partida. Os dois times cometeram muitas faltas e transformaram a partida em um encontro nervoso.
Nesse contexto de tensão, o sangue frio dos americanos contribuiu para decidir. A equipe soube melhor como gastar o tempo no ataque e pegar rebotes ofensivos, principalmente com DeAndre Jordan, responsável por recuperar 16 bolas. Ao fim do jogo, os já classificados americanos demonstraram pouca efusividade ao comemorar a vaga à final, como se já esperassem há bastante tempo estarem a apenas um passo do 15º ouro olímpico.