Quando a França eliminou o Uruguai, fazendo 2 a 0, gols de Varane e Griezmann, nesta sexta-feira (6), em Nizhny Novgorod, duas horas antes de o Brasil entrar em campo para encarar a Bélgica, em Kazan, a Seleção passou a ser a última alternativa para impedir que pela quinta vez, em 18 edições possíveis, a Copa do Mundo tivesse as semifinais disputadas apenas por europeus.
A queda brasileira diante dos belgas transforma a reta final do Mundial da Rússia numa espécie de Eurocopa e, mais do que isso, faz com que o Velho Continente vença a maior competição de futebol do planeta pela quarta vez consecutiva, aumentando o recorde que já carrega, pois os três títulos a partir de 2006 já significavam uma marca exclusiva.
HISTÓRIA
Construída tendo como pano de fundo a disputa entre sul-americanos e europeus, a Copa do Mundo viveu tempos de equilíbrio até este século.
Entre 1966 e 2006, foram quatro décadas de títulos alternados de países da Uefa e da Conmebol.
A primeira taça da Espanha, em 2010, na África do Sul, deu à Europa, pela segunda vez, um “bicampeonato”, que já tinha sido conquistado com a dobradinha italiana, em 1934 e 1938, feito repetido pela Seleção Brasileira em 1958 e 1962.
Mas a conquista alemã em 2014, no Brasil, determinou o recorde de três títulos consecutivos de uma confederação, que será aumentado agora para quatro taças na Rússia.
BICAMPEONATO
Com a ausência da Itália, que não se classificou para ir à Rússia, e as quedas de Brasil, Alemanha, Uruguai, Argentina e Espanha, apenas duas das oito seleções campeãs mundiais seguem na disputa e ambas brigam por um bicampeonato.
Campeã em casa, em 1966, a Inglaterra precisa ainda superar hoje a Suécia, nas quartas, para ir às semifinais encarar Croácia ou Rússia.
A França, que vai enfrentar a Bélgica, tenta repetir na Rússia a conquista que alcançou há 20 anos, quando sediou a Copa do Mundo.