A Era Sampaoli faz o Atlético voltar a viver a briga pela posição de titular no gol, algo comum antes da chegada de Victor, na metade de 2012. Mas dessa vez há uma diferença, pois a disputa não acontece por questão técnica, pois os dois candidatos têm qualidade e, mais do que isso, a confiança do treinador e da torcida.
O escolhido será conhecido no próximo sábado (19), quando o Galo encara o Atlético-GO, às 21h, no Estádio Olímpico, em Goiânia, pela 11ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
A batalha envolve Rafael, de 31 anos e 1,92m, e Éverson, de 30 anos e 1,92m. Ambos chegaram à Cidade do Galo nesta temporada. Curiosamente, maior goleiro da história atleticana, Victor está fora dessa briga e, neste momento, aparece como terceira opção para a posição.Bruno Cantini e Pedro Souza/Agência Galo/AtléticoÉverson e Rafael disputam a condição de titular do gol do Atlético no restante da temporada
E isso ficou evidente no último domingo (13), quando o Atlético venceu o Bragantino por 2 a 1, no Mineirão, com Éverson, que teve a contratação anunciada na quinta-feira, entrando em campo três dias depois para substituir o até então titular Rafael, que estava suspenso pela expulsão diante do Santos. Victor ficou no banco.
Victor, que virou “santo” para a torcida no ano seguinte à sua chegada à Cidade do Galo, após a participação fundamental na conquista da Copa Libertadores de 2013, maior título da história do clube, encerrou uma disputa de cinco anos pela meta alvinegra. Essa briga foi iniciada na metade de 2007, quando Diego Alves, hoje no Flamengo e revelação da base atleticana, foi vendido ao Almería da Espanha.
Ciranda
Após a saída de Diego Alves, Edson, também revelado no Atlético, e Juninho, que já tinha passado por Cruzeiro e América, onde se destacou, jogaram. Em 2008, eles seguiram o rodízio, ganhando muita concorrência no ano seguinte.
Em 2009, foram cinco os goleiros que defenderam a meta atleticana, com contratações, pois chegaram à Cidade do Galo o uruguaio Carini e Aranha. Teve chance também mais uma prata da casa, Bruno Fuso.
O número de arqueiros em 2010 foi o mesmo. Cinco atletas diferentes defenderam o gol alvinegro numa temporada em que Carini e Aranha seguiram no clube, mas tiveram a concorrência dos contratados Fábio Costa e Marcelo, indicados por Vanderlei Luxemburgo, e do garoto Renan Ribeiro, promessa da base.
Dos cinco, só Renan Ribeiro jogou em 2011, mas dividindo a condição de titular com Giovanni, mais uma contratação para a posição que chegou ao clube. Eles iniciaram 2012 fazendo rodízio no gol alvinegro, até Victor chegar, tomar a posição e se transformar no maior goleiro da história do Atlético.