(Renato Cobucci/Hoje em Dia)
O atacante Fábio Junior foi do inferno ao céu na vitória do América sobre o Boa, na terça-feira, no Independência. Durante boa parte do jogo, o camisa 7 foi “malhado” como um Judas pela torcida americana.
Nos minutos finais, viu o seu companheiro de ataque, Ewerthon, ser substituído por Adeilson e a alteração resultar em protestos.
Quando a torcida começava a direcionar o coro de “burro” ao técnico Mauro Fernandes, o centroavante colocou a bola duas vezes nas redes e sacudiu o Horto. De vilão, passou a herói da virada por 3 a 2.
“Estamos ali na frente é para isso mesmo, fazer os gols”, define o atacante, com a simplicidade que o caracterizou ao longo da carreira.
As vaias da torcida se justificam pelos números apresentados pelo artilheiro, que chegou ao clube, em janeiro de 2010. Nas 140 partidas que disputou pelo Coelho, Fábio Junior passou em branco em 98 delas. Apesar disso, balançou as redes 59 vezes.
Um bom exemplo dessa fase de altos e baixos do jogador é a reta final da Série B. Depois de ficar 13 jogos em branco, Fábio Júnior desencantou nas últimas quatro partidas que esteve em campo, quando marcou cinco gols.
O faro de artilheiro foi fundamental nas vitórias sobre Guaratinguetá, Guarani e Boa. Isso porque, os bons resultados mantiveram a esperança de o Coelho conquistar uma das quatro vagas na elite.
CONTESTADO
Em três temporadas com a camisa do América, Fábio Júnior não se firmou como ídolo e muito menos como o homem-gol.
Apesar do bom momento que atravessa no returno, o jogador ainda sofre com a cobrança dos torcedores, que exigem a renovação no grupo e a saída de jogadores veteranos como o atacante, que completará 35 anos, dia 20 de novembro.
Por isso, os gols em sequência ainda não são garantia de que ele não passará por noites turbulentas como a da última terça-feira.