(Bruno Haddad/Cruzeiro)
Bruno Haddad/Cruzeiro O zagueiro Fabrício Bruno, que teve negado na Justiça na última semana o pedido liminar para a rescisão indireta de seu contrato com o Cruzeiro, pediu reconsideração na decisão proferida pela juíza Silene Cunha de Oliveira, da 3ª Vara do Trabalho, de Belo Horizonte. O jogador reclama sua liberação do clube por falta de pagamento de salário, direitos de imagem e outras garantias trabalhistas. E no novo documento protocolado no judiciário, o atleta, por meio de seus advogados, critica o fato de a Raposa não pagar sequer os cozinheiros que trabalham na Toca I. No pedido de reconsideração, datado de 20 de dezembro, o advogado de Fabrício Bruno pontua que "a situação do clube não permite composição ao presente processo, não permite o pagamento dos direitos básicos em atraso e certamente não permite o pagamento de salários nos próximos meses". O responsável pela condução do processo de Fabrício Bruno reitera que a não liberação do jogador de seu vínculo com o Cruzeiro prejudica o atleta profissionalmente e financeiramente. "A permanência do reclamante junto ao clube somente fará com que o débito aumente, bem como que o reclamante (Fabrício Bruno) permaneça sem receber e sem conseguir um novo emprego", reitera o jurista no pedido de desligamento do atleta. O Hoje em Dia antecipou no dia 20 de dezembro que Fabrício Bruno havia entrado na Justiça para conseguir deixar o clube de forma unilateral. O HD teve acesso ao processo em que o zagueiro cobra R$ 3.554.568,66 pelo não pagamento de salários e direitos de imagem. Nas contas do advogado, só de salário atrasado o atleta cobra quase R$ 300 mil. E a petição incial da defesa do jogador cita ainda mais R$ 300 mil não pagos pelo Cruzeiro referentes à direito de imagem. Em outra parte do pedido de reconsideração do advogado do jogador, ele pontua que não há qualquer expectativa de melhora do Cruzeiro no presente e em um futuro breve. "Não há perspectiva de melhora, não há perspectiva de acordo, não há perspectiva de pagamento dos valores atrasados, não há perspectiva de pagamento dos salários e demais verbas que irão vencer nos próximos meses. Não há motivo para manter o reclamante atrelado a um clube que nem mesmo paga os cozinheiros ou funcionários com salários mais baixos", diz outra parte do pedido de reconsideração feito à Justiça. A primeira audiência do caso está marcada apenas para 8 de fevereiro de 2020, por isso os advogados do zagueiro requereram liminarmente a liberação do jogador, para que ele fique livre para acertar com outra equipe. Entretanto, como teve o pedido inicial negado, por isso a defesa tenta outra cartada para tirar Fabrício Bruno do Cruzeiro. O julgamento desse mérito não precisará aguardar o retorno das atividades forenses, paralisadas até o ano que vem por causa do recesso. Um juiz de plantão poderá avaliar o pedido do jogador.