Numa das maiores exibições do grande time do Cruzeiro na década de 1970, a vítima foi o River Plate, da Argentina, goleado por 4 a 1, no Mineirão, na primeira partida entre os dois clubes pela decisão da Copa Libertadores de 1976.
Naquele tempo, a final da competição era diferente. O saldo de gols não contava, e o título só era decidido em dois jogos, se uma equipe vencesse um deles e, pelo menos, empatasse o outro.
Aqueles 4 a 1 de 21 de julho de 1976 foram construídos praticamente no primeiro tempo, numa história parecida com outra goleada que abriu o caminho para um grande título cruzeirense, os 6 a 2 sobre o Santos, em 1966, pela Taça Brasil.
Dez anos antes, a etapa inicial contra o time de Pelé tinha terminado 5 a 0. Na final da Libertadores, com um inspirado Palhinha em campo, o placar foi de 3 a 0 da Raposa. Nelinho fez 1 a 0 cobrando falta. E Palhinha balançou a rede do River por duas vezes, sendo a segunda delas num golaço, em que Joãozinho levou os marcadores à loucura, e Eduardo deu um toque de genialidade na assistência ao centroavante.
Na etapa final, os argentinos diminuíram, com Oscar Más, de pênalti, mas Valdo decretou a goleada. Uma semana depois, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Cruzeiro, muito prejudicado pela arbitragem, perdeu de 2 a 1.
Isso levou a decisão do título para o Estádio Nacional, em Santiago, em 30 de julho de 1976. E o final dessa história, todo mundo conhece.Arquivo/Conmebol
A FICHA DO JOGO
CRUZEIRO 4
Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza (Valdo) e Zé Carlos; Eduardo (Ronaldo), Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
RIVER PLATE 1
Fillol (Landaburu); Pablo Comelles, Roberto Perfumo, Héctor Lonardi e Héctor López; Juan José López, Reinaldo Merlo e Alejandro Sabella; Pedro González, Leopoldo Luque e Oscar Más. Técnico: Amadeo Labruna
DATA: 21 de julho de 1976
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Copa Libertadores
GOLS: Nelinho, aos 21, e Palhinha, aos 29 e 40 minutos do primeiro tempo; Oscar Más, aos 18, e Valdo, aos 35 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Vicente Llobregat (Venezuela), auxiliado por Roque Cerullo (Uruguai) e Edison Pérez (Peru)
CARTÕES AMARELOS: Morais, Zé Carlos e Jairzinho (Cruzeiro); Héctor Lonardi e Roberto Perfumo (River Plate)
PÚBLICO: 58.720
RENDA: Cr$ 1.633.680,00