Família de Rafael Henzel fala em milagre e faz festa para jornalista

Estadão Conteúdo
14/12/2016 às 08:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:04

Com camisas feita sob encomenda, faixas e muita festa a família do jornalista Rafael Henzel, um dos sobreviventes do desastre aéreo da Chapecoense, se organizou para recepcionar de forma calorosa um dos feridos do voo da companhia boliviana LaMia. O radialista catarinense chega nesta terça-feira ao Brasil após duas semanas internado na Colômbia e vai encontrar a euforia dos parentes, que classificam o retorno como um milagre.

"Ele nasceu mais duas vezes, pode comemorar outros aniversários. No dia 29 de novembro foi a tragédia, que foi bem triste, e hoje, dia 13, tem que ser lembrada a volta dele para a família", disse a tia do jornalista, Valdemir Maria Valmórbida. Um grupo de dez familiares foi ao aeroporto municipal de Chapecó cerca de duas horas antes da chegada do avião Legacy com os dois primeiros sobreviventes a voltar para Chapecó. Junto com Henzel, virá o lateral Alan Ruschel.

Entre os parentes de Henzel, vieram ao aeroporto o filho Otávio, de 11 anos, e a mãe, Lídia. Todos vestiam camisas com fotos dele, fora faixas com mensagens de apoio. "Lembro que no dia que os falecidos chegaram, estava chovendo, assim como agora. Acho que tem um mistério por trás disso. Não tenho nem mais palavras para responder. É um milagre ele estar vivo", afirmou.

Outra tia do sobrevivente, Tânia Valmórbida, tem ainda mais uma expectativa, a de rever o filho, Roger, primo de Rafael, que viajou para Medellín, na Colômbia, logo depois de saber do acidente e acompanhou a recuperação no hospital. Os parentes que ficaram no Brasil estavam em cidades próximas e se concentraram em Chapecó nos últimos dias para acompanhar notícias da recuperação do jornalista.

"Só temos a agradecer a Deus por esse dia ter chegado. Tenho que deixar um obrigado especial ao povo colombiano. A hospitalidade deles foi incrível. A vinda do Rafael faz esse dia ser abençoado", comentou Tânia.

A tia do sobrevivente contou ter passado horas de angústia na madrugada do acidente até receber informações confirmadas sobre o estado de saúde do Rafael. Entre saber a queda do avião e a notícia do resgate do sobrinho, foram mais de duas horas de espera.


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