(Divulgação/Guarani )
O cargo de treinador está novamente vago no Cruzeiro. Com a saída de Felipão, oficializada nesta segunda-feira (25), a diretoria da Raposa vai em busca do seu sétimo técnico, nos últimos 17 meses.
Felipe Conceição, atual técnico do Guarani, e que fez um bom trabalho no América em 2019, é o nome forte nos bastidores do clube estrelado para assumir o lugar de Luiz Felipe Scolari. Aos 41 anos, o treinador tem a seu favor os bons trabalhos em Série B e o baixo custo, em comparação com os últimos comandantes da equipe celeste.
Entretanto, se quiser efetivar a contratação, a cúpula celeste vai ter que entrar em um acordo com o Bugre, que, em novembro, estendeu o contrato de Felipe até o final de 2021.
Contratado para livrar o Guarani do rebaixamento, o treinador rapidamente cumpriu a missão, chegando, inclusive, a deixar o Guarani próximo do G-4. na segunda parte do returno do Brasileiro.
Uma queda de rendimento nas últimas rodadas, especialmente em razão de casos de coronavírus que atingiram o elenco, deixaram o time campineiro fora da briga para voltar à elite do futebol brasileiro na próxima temporada.
“Rodízio” de técnicos
Depois de ter o trabalho mais longevo entre os principais times do Brasil com Mano Menezes - que ficou mais de três anos em sua segunda passagem pelo clube estrelado -, o Cruzeiro iniciou um ineficiente rodízio de técnicos.
A ciranda no comando da equipe celeste começou em 8 de agosto de 2019, quando Mano Menezes pediu demissão do cargo, após derrota por 1 a 0 para o Internacional, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
Para o lugar de Mano, chegou Rogério Ceni, que ficou à frente do time estrelado por apenas 46 dias. Desgastado com parte do elenco, e sem o respaldo da diretoria, o treinador deu lugar a Abel Braga, preferido de uma ala bastante influente no plantel estrelado à época.
Sem conseguir tirar o time da zona de rebaixamento do Brasileirão, Abel foi demitido no dia 29 de novembro, restando apenas três jogos para o final do campeonato.
Em situação dramática, Adilson Batista assumiu o elenco e não conseguiu reverter o quadro. Com três derrotas em três jogos, o ex-zagueiro viu do banco de reservas a inédita queda da Raposa à Série B.
2020/2021
Mesmo com a grande reformulação dentro e fora de campo no Cruzeiro, Adilson Batista foi mantido pelo Conselho Gestor - que administrou a Raposa entre dezembro de 2019 e maio de 2020 - para iniciar a temporada no comando da equipe.
Com resultados ruins e um futebol pouco convincente, Adilson foi demitido no dia 15 de março.
Sob grande expectativa, Enderson Moreira chega ao Cruzeiro com a missão de montar a equipe para a Série B, principal objetivo da Raposa no ano. Apesar de um início promissor, ele não resistiu ao momento ruim do Cruzeiro na competição e foi demitido no dia 8 de setembro.
Aposta pessoal do presidente Sérgio Santos Rodrigues, Ney Franco teve a passagem mais rápida entre todos os colegas que dirigiram o time estrelado desde 2019. Nos 32 dias que esteve à frente do time estrelado, obteve duas vitórias, um empate e três derrotas, sendo demitido no dia 11 de outubro, após 15ª rodada da Série B.
O técnico deixou o time estrelado na 19ª colocação na tabela de classificação, com apenas 12 pontos.
Por fim, Felipão chegou ao Cruzeiro com a missão de salvar o time do rebaixamento, e rapidamente conseguiu uma reação na competição. O bom aproveitamento em determinado período do campeonato, inclusive, fez com que a torcida celeste sonhasse com o acesso. Entretanto, a oscilação da Raposa na competição fez com o time em nenhum momento se aproximasse do G-4.
Insatisfeito com os problemas extracampo, especialmente com os atrasos salariais, e sem garantias de que teria em mãos um time competitivo para os próximos campeonatos, Luiz Felipe Scolari, em acordo coma diretoria, preferiu encerrar o vínculo, que iria até dezembro de 2022.