Se os planos originais tivessem se mantido, Felipe Massa não estaria apenas dormindo e engordando como chegou a brincar já na Austrália, mas certanmente preocupado com outra categoria e novos desafios.
Ao ser aplaudido de pé em Interlagos, com direito a saudação de integrantes de times rivais, o paulista de 35 anos não imaginava voltar ao cockpit de um F-1 tão cedo. A parada de Nico Rosberg e a ida de Valtteri Bottas para o lugar do campeão do mundo, no entanto, foram as peças do xadrez que, mexidas, deram ao vice-campeão de 2008 a condição de único representante brasileiro no grid.
Houve quem criticasse, alguns ex-pilotos defenderam a opção por um novato de talento, mas, diante da confirmada presença do calouro Lance Stroll, de 18 anos e os milhões de dólares da fortuna familiar, a experiência do brasileiro seria fundamental, especialmente em um ano de tantas mudanças.
Na pré-temporada, em Barcelona, ele mostrou que não precisa mais do que um carro “bem nascido” para andar rápido e sonhar com o retorno ao pódio, o que não foi possível ano passado. E, se o time britânico perdeu Pat Symonds, ganhou o reforço de Paddy Lowe, um dos artífices da ótima fase das Mercedes.
“Quando Claire (Williams) me ligou e disse que precisávamos conversar, me deu várias garantias de que a equipe seria reforçada e teríamos um pacote competitivo. Só aceitei o convite porque era a Williams, onde me senti muito bem nos últimos anos. E os testes me deixaram ainda mais animado, nem tanto pela comparação com as outras equipes, mas pelo que fomos capazes de fazer. Estou preparado, em forma e com o mesmo prazer em acelerar”, afirmou.
Stroll é o único estreante do ano, mas chega credenciado pelos ótimos resultados nas categorias de base. Para se acostumar a um F-1, seu pai, Lawrence, dono de um império que inclui as grifes Tommy Hilfiger e Ralph Lauren, comprou um chassi de 2015 usado pelo garoto em vários circuitos da Europa e da Ásia.
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