(Sauber)
O GP do Brasil no próximo domingo poderá marcar um momento histórico negativo para o País na Fórmula 1. Poderá encerrar uma sequência de 45 GPs brasileiros com representantes da casa no grid de largada. Esta série pode chegar ao fim porque Felipe Massa vai deixar a categoria ao fim da temporada e seu xará Felipe Nasr ainda não definiu seu futuro.
Defendendo as cores da Sauber desde sua estreia, no ano passado, Nasr tem contrato somente até o fim do ano. E desembarca no Brasil sem saber se continuará pilotando na categoria na temporada 2017. Inicialmente, ele pretendia confirmar seu futuro antes desta semana da corrida em Interlagos.
"Vamos esperar até o GP do Brasil. Estamos trabalhando duro no meu futuro. Da minha parte, tem muita coisa acontecendo, então eu espero que a gente tenha uma definição cedo", afirmou o piloto recentemente. O anúncio, contudo, segue pendente.
Existe a possibilidade de Nasr seguir na Sauber, apoiado pelo patrocínio do Banco do Brasil. Ou pode ainda buscar outra equipe. A Force India surge como favorita, por ter ainda sem dono a vaga que pertencia ao alemão Nico Hülkenberg, que correrá pela Renault no próximo ano.
Apesar das especulações, Nasr não confirma a negociação com a equipe. "É uma opção, mas, até agora, não conversamos com a Force India. Não há nada que eu tenha para adiantar dessa história", resumiu, sem dar pistas sobre seu futuro.
Se o piloto de 24 anos não conseguir uma vaga no grid, o Brasil ficará sem um representante na Fórmula 1 pela primeira vez desde 1969. Isso porque Felipe Massa decidiu finalizar sua trajetória na categoria mais prestigiada do automobilismo mundial nesta temporada. No domingo, ele correrá em Interlagos pela F1 pela última vez na carreira.
Temeroso sobre o futuro do País na categoria máxima do automobilismo, ele torce pela permanência de Nasr na categoria. "Eu torço para que o Felipe Nasr continue, tenha chance. Na verdade, o que eu mais torço é que ele tenha chance de continuar em uma equipe melhor", disse o piloto da Williams em entrevista exclusiva ao Estadão, publicada neste domingo.
"O País que sempre teve um piloto não só correndo, mas também com nome, disputando vitórias e pódios. Se não tiver pelo menos um piloto, será muito triste para o Brasil e acho que para o mundo do automobilismo", lamentou Massa.
Chegada
Os onze times da F1 já estão em São Paulo para o GP do Brasil. Os equipamentos começaram a desembarcar na quinta-feira e estão encaixotados no paddock de Interlagos. A montagem dos carros terá início nesta segunda-feira. Pilotos, porém, só devem chegar à cidade entre terça e quarta, com exceção de Massa e Nasr, ambos já no Brasil.
Quando pisarem no asfalto de Interlagos no primeiro treino livre, a partir das 10 horas da manhã de sexta, eles encontrarão novidades em algumas zebras do traçado. Com mudanças no design, as "lavadeiras" vão exigir maior precisão dos pilotos, que não conseguirão mais atacar as zebras com as quatro rodas do carro.
Para a corrida deste ano, o asfalto passou por um processo de limpeza profundo para tirar o excesso de borracha. Isso deve aumentar a aderência da pista, favorecendo velocidades mais elevadas. Como consequência, a organização espera por novos recordes no traçado paulistano, tanto no treino classificatório quanto na corrida.
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