Ao contratar Kimi Raikkonen para o lugar de Felipe Massa, a Ferrari assegurou a formação da dupla mais badalada do grid da categoria a partir da temporada de 2014 da Fórmula 1. Realizando uma boa temporada pela Lotus atualmente, o finlandês será um candidato ainda mais forte ao título no próximo ano, quando passará a dividir a condição de companheiro de equipe com Fernando Alonso, que consequentemente também se tornará um rival direto na briga pelo campeonato.
Mas, embora o cenário aponte para uma disputada interna acirrada entre os dois campeões mundiais, o chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, aposta em uma relação amigável entre os dois pilotos e festeja o fato de que a escuderia passará a contar com a dupla considerada a mais forte da F1 em 2014.
"A combinação de Fernando e Kimi é a melhor que poderíamos ter hoje na Fórmula 1, em termos de talento, experiência, espírito competitivo e capacidade de avançar no desenvolvimento do carro", ressaltou o dirigente, em entrevista ao site oficial da Ferrari, para depois negar que a chegada de Raikkonen signifique uma nova hierarquia imposta ao espanhol.
"Para aqueles que pensam que a escolha de Kimi é de algo como uma escolha anti-Alonso, podem descansar suas mentes. Na Ferrari, todos sabem que os interesses da equipe são prioridade, e então, só depois a dos indivíduos. Fernando é uma peça importante para a equipe, e ele continuará sendo por um longo tempo. Tenho certeza de que ele é o primeiro a estar feliz com a escolha, feita para fortalecer o grupo, porque ele é muito inteligente para perceber que uma equipe mais forte pode ser apenas uma vantagem", completou Domenicali.
O chefe da Ferrari reconhece que a escuderia poderá priorizar a campanha de um ou outro piloto em busca do título mundial no decorrer do campeonato de 2014. Ele, porém, lembrou que isso é comum, embora a equipe não conte com dois campeões mundiais já consagrados dividindo o posto de companheiros desde 1953, quando o do time de Maranello contava com a dupla Giuseppe Farina e Alberto Ascari.
"Se a situação for tal que um piloto possa ajudar o outro com base na tabela de pontos, é lógico e justo que isso deve acontecer. Isso já aconteceu no passado e acontecerá no futuro, como todos os pilotos que têm impulsionado a Ferrari demonstraram", enfatizou o dirigente, lembrando que o próprio Raikkonen já ajudou Massa no papel de escudeiro do brasileiro na reta final do Mundial de 2008, um ano depois de o piloto do Brasil ter exercido o mesmo papel na temporada de 2007, quando o finlandês se sagrou campeão da Fórmula 1.
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