Fifa reage à decisão da CAS e suspende Bin Hammam

Agencia Estado
26/07/2012 às 13:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:52

Depois de ter a sua punição vitalícia imposta pela Fifa anulada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na semana passada, o catariano Mohammed bin Hammam foi suspenso provisoriamente por 90 dias, nesta quinta-feira, pela entidade que controla o futebol mundial de qualquer atividade em nível nacional ou internacional ligada ao esporte mais popular do planeta.

A Fifa explicou que a decisão foi tomada com base no artigo 83 do Código de Ética da entidade, "a fim de evitar a interferência com o estabelecimento da verdade em relação a uma investigação preliminar iniciada nos termos do artigo 62" justamente do seu respectivo código.

Ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol, Bin Hammam ganhou o recurso contra uma punição imposta pela Fifa que o afastava do futebol pelo resto da vida depois de ter sido acusado de pagar propina para conseguir votos em sua candidatura à presidência da entidade mundial, em 2011. Porém, de acordo com a CAS, não foram reunidas "provas diretas" suficientes que condenassem o dirigente.

Na semana passada, a Fifa condenou, por meio de nota oficial, a decisão tomada pela CAS, alegando que a própria corte admitiu não estar convencida da inocência comprovada do catariano e que "é provável que o recorrente (Bin Hammam) tenha sido a origem do dinheiro que foi levado a Trinidad e Tobago e acabou sendo distribuído na reunião (da União Caribenha de Futebol nos dias 10 e 11 de maio de 2011)".

Bin Hammam enfrenta novas acusações de corrupção na Confederação Asiática de Futebol, que pediu na semana passada pela quebra de seu sigilo bancário. Antes disso, o catariano foi punido depois que a Fifa encontrou provas de que ele teria oferecido US$ 40 mil dólares (cerca de R$ 80 mil) a dirigentes do Caribe para comprar votos em sua candidatura à presidência da principal entidade do futebol mundial.

Suspenso, Bin Hammam acabou sendo obrigado a desistir de enfrentar Blatter na eleição que garantiu mais quatro anos de mandato ao suíço à frente da Fifa. Ele negou todas as acusações feitas contra ele e, na época, disse que estava sendo punido porque representava uma ameaça ao domínio do presidente da entidade.
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