Uma Copa do Mundo com 48 seleções. Essa é a nova ideia do novo presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, que deixou claro que uma definição sobre o novo formato do Mundial será anunciada em janeiro, em Zurique. Falando na Colômbia, o dirigente que já havia proposto um torneio de 40 seleções indicou que a expansão pode ser além maior. Ele não explicou se a nova regra seria válida para 2022 ou 2026.
Gianni Infantino venceu a sua eleição com a mesma receita de antigos cartolas, como o brasileiro João Havelange ou o suíço Joseph Blatter: mais dinheiro para as federações nacionais e mais vagas nas Copas do Mundo.
De um formato de 32 times atuais, o evento passaria a ter 48 seleções. Mas 16 equipes seriam imediatamente desclassificados depois de apenas uma rodada de um mata-mata. Os 16 restantes continuariam no torneio e se juntariam a outros 16 times já classificados ao Mundial. Ficariam, assim, 32 times para o restante do torneio, com fase de grupos e seguido pela fase de eliminação.
"Essas são ideias para que possamos encontrar uma melhor solução", disse Gianni Infantino. "Vamos debater algumas delas neste mês e teremos uma decisão final até 2017", afirmou. "A ideia é de 16 times se classificariam diretamente para a fase de grupos e outros 32 jogariam uma fase preliminar no país onde a Copa seria realizada", explicou. "Isso tudo significa que continuaríamos com uma Copa do Mundo normal com 32 times. Mas 48 seleções iriam para a festa", completou.
Justificando a expansão, ele indicou que a meta da Fifa é a de desenvolver o futebol em todo o mundo. "A Copa é o maior evento existente. É mais que uma competição. É um evento social", disse.
Suas ideias de expansão têm recebido duras críticas, principalmente de dirigentes preocupados com o tamanho cada vez maior do evento. Joachim Löw, técnico da Alemanha, chegou a dizer no fim de semana que uma Copa expandida iria "diluir" o valor esportivo do evento. Que também é contrário à ideia é a Associação de Clubes Europeus, que não quer um evento que supera os 30 dias.
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