Demorou para os jogadores do Fluminense começarem a festa pelo título brasileiro no Estádio Prudentão, em Presidente Prudente. Depois da vitória sobre o Palmeiras, eles se reuniram no centro do gramado e ficaram por alguns minutos esperando a confirmação do que todo mundo já sabia: que o Atlético-MG havia empatado com o Vasco e permitido o título tricolor com três rodadas de antecedência.
Depois do aviso dos repórteres e da torcida, a festa tomou conta do gramado. No calor do momento, os jogadores falaram e exaltaram principalmente a campanha de, até agora, 76 pontos em 35 jogos, que com mais uma vitória se torna a melhor do Brasileirão desde que a competição passou a ter o formato de 20 times em disputa de pontos corridos.
"Nunca deixamos nada entrar no vestiário, sempre trabalhando conscientes do nosso trabalho. A diretoria está de parabéns pelo planejamento e a comissão técnica por administrar tantos jogadores de nome. O Abel também tem o mérito: todos os jogadores tiveram oportunidade e o nível se manteve o mesmo. Isso mostra o foco que a equipe teve", comentou o goleiro Diego Cavalieri.
Para muitos dos campeões, o título vem como volta por cima. Para Gum, por exemplo, a taça vem depois da falha diante do São Paulo, na rodada passada. "Essa equipe merece. O título foi merecido, trabalhamos muito pra isso", comentou.
Já Jean voltou a ser campeão brasileiro quatro anos depois de chegar ao título com o São Paulo. Um ano após sair do Morumbi pelas portas do fundo, ele comemora a titularidade no Flu e a boa fase. "Não pode deixar cair nunca. Isso que eu tenho tentado fazer e estou conseguindo. Depois de 2008 fui deslocado para lateral, onde não vou como vou no meio. Provei que o meio é minha posição."
Para outros jogadores, como Rafael Sóbis e Leandro Euzébio, o foco está não no passado, mas no futuro. Os dois já falam em conquistar a Libertadores. "Espero que na Libertadores o Flu possa ir forte e ter o mesmo foco do Brasileiro", comentou o defensor. "O Brasileirão não acabou, tem recorde a ser batido. Tudo mundo vai seguir lutando, é mais que merecido. Mas o que eu quero mesmo é a Libertadores", reforçou Rafael Sóbis.
O discurso de que a meta agora é a Libertadores coincide com a do vice presidente de futebol do clube, Sandro Lima, que se juntou à roda dos jogadores, ainda no gramado do Prudentão, e pediu a taça continental.
"A última vez que a gente fez essa corrente foi na derrota para o Boca (na Libertadores) e eu falei que faltavam 37 rodadas para a gente voltar para a Libertadores. Hoje faltam 14 jogos para a gente ser campeão da Libertadores", destacou Sandrão.
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