Após o Fluminense sucumbir por 3 a 2 diante do Vitória, no Maracanã, o diretor de futebol Rodrigo Caetano descartou demitir o treinador Vanderlei Luxemburgo. Entretanto, a pressão pela saída do técnico vem aumentando consideravelmente e ninguém garante que ele estará à frente do elenco no clássico deste domingo, às 19h30(de Brasília), contra o Flamengo, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 36 pontos conquistados, apenas três acima da zona de rebaixamento, o Tricolor se tornou um dos principais ameaçados a ter que jogar a Série B em 2014.
Na noite de segunda-feira Rodrigo Caetano se reuniu com o presidente do Fluminense, Peter Siemsen. Os dois tentaram contatos, sem sucesso, com o empresário Celso Barros, presidente da Unimed, principal patrocinadora do clube. Barros estava em uma reunião da cooperativa de saúde e só retornou as ligações na manhã desta terça-feira.
A diretoria se mostra dividida em relação ao assunto. Mesmo tendo sido contrário à contratação de Vanderlei Luxemburgo, Rodrigo Caetano acredita que uma troca neste momento pode causar mais prejuízos do que benefícios. Peter não pensa desse jeito e já sonhava com Adilson Batista, anunciado pelo Vasco na manhã desta terça-feira. A troca de comando no clube vascaíno, por sinal, gerou mais preocupação entre os tricolores.
Celso Barros não se posicionou abertamente sobre a situação. Com a Unimed afastada da atual diretoria, o empresário não deseja ligar um possível rebaixamento a decisões suas. Assim, os próximos dias podem continuar sendo movimentados em termos de especulações. Caetano, porém, vai tentar proteger ao máximo os jogadores, como vem falando nas últimas entrevistas.
"Não podemos passar nenhum tipo de insegurança aos jogadores e nem podemos ficar apontando culpados. Todos têm sua parcela de culpa, mas o momento é de trabalharmos ainda mais, resolvermos as nossas pendências internamente e buscarmos as vitórias necessárias para deixarmos essa situação", afirmou Caetano.
Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, procura agir com naturalidade em relação ao risco de demissão.
"Antes de eu ser contratado, o Abel foi demitido por conta de resultados. Se eu sair vai ser pelo mesmo motivo. Entendo o que está acontecendo e temos que ser cobrados pela situação do time", completou o treinador.
O elenco se reapresentou nesta terça-feira depois de uma segunda-feira de folga. O dia foi de trabalhos físicos e a quarta-feira será dia de treino em tempo integral, quando começará a ser pensado o time para o clássico contra o Flamengo.
Fora de campo, o Fluminense fechou parceria com a marca de energéticos Gatorade. Pelo acordo, o Tricolor poderá levar seus atletas e comissão técnica ao GSSI (Gatorade Sports Science Institute), na Flórida, nos Estados Unidos, além da instalação de um Fuel Bar, estrutura de nutrição e suporte em avaliações físicas, em Laranjeiras.
Além de toda a hidratação já oferecida para o clube entre os atletas do futebol profissional, a Gatorade agora também será responsável pela hidratação de todos os jogadores das categorias de base e pelo fornecimento dos produtos da linha G Series. Valores financeiros envolvidos no acordo não foram revelados por nenhuma das partes.