(Frederico Haikal/Hoje em Dia)
O sonho se repetiu por várias noites. E, quando ela acordava, a felicidade tomava conta e um sorriso largo aparecia no rosto. “Acordava rindo”, lembra Isabel Marinho Meniconi, de 42 anos, que decidiu voltar a jogar vôlei após os recorrentes ‘avisos’. Porém, para transformar o sonho em realidade, ela precisou ajudar a “recriar” o time master do Olympico Clube. Agora, além de amizades, Isabel colhe há 14 anos os frutos pelos benefícios da prática esportiva. “A equipe master estava quase acabando, tinha poucas meninas. Foi então que entrei e comecei a chamar minhas amigas da época da adolescência para voltar a jogar. Formamos um grupo de quase 20 pessoas”, conta. Isabel diz que sempre gostou de praticar a atividade e que fazia parte de um time no mesmo clube quando era adolescente. Mas a equipe acabou e a vida dela seguiu em meio aos estudos e trabalho. Vieram os filhos e, quando tinha quase 30 anos, sentiu que faltava algo na vida. “Estava em uma rotina de trabalho e casa. Amo ser mãe, mas estava precisando de um momento para fazer uma atividade que me desse satisfação. Meu momento. E o vôlei me proporcionou alegria, movimento, contato com novas e antigas amizades”, disse. Ela conta que , quando voltou a praticar o esporte, foi exatamente como no sonho. “Com muita leveza e alegria de estar ali, além também da cobrança da atividade”, acrescentou ela, que é a levantadora. Atualmente, o time tem o objetivo de participar de mais competições na sua categoria. No ano passado, estreou no torneio realizado na capital e ficou em terceiro lugar. Motivação Apesar de ter uma agenda cheia durante a semana, trabalhando como massoterapeuta e fonoaudióloga na parte da manhã e tabeliã substituta em cartório na parte da tarde, Isabel considera sagrado o horário especial, duas vezes na semana, para praticar a atividade esportiva. “Com o vôlei, acho que tenho mais motivação para tudo, não só no trabalho, mas para a vida. Faz muita diferença para mim. Não tive depressão, mas mesmo que um dia estivesse mais triste, desanimada, não deixava de ir jogar”. Isabel recorda que foi obrigada a ficar sem jogar por quatro meses há dois anos, quando sofreu uma lesão no joelho ao jogar futsal. “Fiquei triste, mas muito empenhada em voltar para a quadra”, diz. As amizades do vôlei, ela pontua, extrapolam as quadras. Elas se reúnem em bares e churrascos com as respectivas famílias. Incentivo Isabel revela orgulhosa que a prática esportiva também faz parte da vida dos filhos. O mais novo, Vito, de 15 anos, faz basquete, e o mais velho Luca, 17, futsal. “Sempre incentivei meus filhos. O Luca vai fazer 18 e vai definir se quer se profissionalizar”, frisa.