(Flávio Tavares e Lucas Prates)
É a final do Campeonato Mineiro. Mas quando a bola rolar neste domingo (13), às 16 horas, no Mineirão, a tradicional interjeição “uai”, comum entre as montanhas de Minas Gerais, não terá vez. Revelado na base do Atlético, o lateral Alex Silva será o único nascido no Estado dentro das quatro linhas, no início do clássico.
Até o trio de arbitragem – incluindo o quarto árbitro – vem de lugares distantes. Haverá mais estrangeiros em campo, no Gigante da Pampulha, do que atletas mineiros: o lateral paraguaio Samudio, do Cruzeiro, e o zagueiro argentino Otamendi, do Galo. Na geografia do clássico só não entrou atleta da região Norte do país. Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste estão representados. Mas não haverá ninguém nascido em Belo Horizonte quando a bola rolar.
Com a vantagem de jogar pelo empate, se o Cruzeiro for campeão terá o troféu erguido pelo mato-grossense Fábio, nascido em Nobres. Caso o Atlético consiga reverter a situação e conquiste o tri, a honraria caberá ao carioca Leonardo Silva, dono da faixa de capitão.
De Pedro Leopoldo
Pela Raposa, o técnico Marcelo Oliveira, natural de Pedro Leopoldo, é o único que “fala uai”. Já o sotaque carregado de Paulo Autuori não deixa dúvida. Ele não é nascido em Minas.
Autuori é natural do Rio de Janeiro, que contará com três representantes, hoje, no Mineirão. Além de Léo Silva, Michel, do Atlético, e o zagueiro Dedé, do rival, vieram do estado vizinho.
Mas São Paulo é o que mais “forneceu” jogadores para o clássico de hoje. São quatro de cada lado. O Cruzeiro conta com Bruno Rodrigo, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Júlio Baptista. Já o Galo terá Victor, Leandro Donizete, Diego Tardelli e Jô.
A arbitragem será do gaúcho Leandro Pedro Vuaden, auxiliador por um bandeira do Tocantins e outro da Bahia. O quarto árbitro vem do Rio de Janeiro. Agora, resta aos torcedores pegarem o atlas geográfico e se preparar para o jogão que vai apontar o centésimo campeão mineiro.