(AFP PHOTO/FRANCK FIFE)
O presidente da França, Francois Hollande, afirmou que empresas de segurança privada contrataram 3.000 pessoas a mais do que estavam inicialmente previstas para a próxima edição da Eurocopa, que acontecerá entre 10 de junho e 10 de julho, em solo francês.
Depois dos ataques terroristas ocorridos na semana passada em Bruxelas, na Bélgica, que provocaram ao menos 35 mortes, as autoridades francesas destacaram que não irão se render ao terror e mantiveram o cronograma normal da competição, inclusive sem cancelar eventos onde o público poderá acompanhar os jogos fora dos estádios nas fan zones espalhadas pela França durante a disputa da Euro.
Hollande afirmou que se espera pela presença de dois milhões e meio de torcedores nos estádios ao longo das partidas que serão realizadas em dez cidades francesas durante a competição continental, além de outros cinco milhões em áreas abertas ao público, que são as fan zones.
Já ao se referir aos riscos de ataques terroristas, Hollande afirmou, em um discurso a profissionais do esporte em Paris, que "devemos mostrar que o esporte, assim como a cultura e nosso estilo de vida, não irá se render a esta pressão ou ameaça".
No último domingo, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, já havia anunciado que será garantida a segurança dos torcedores que pretendem ir às fan zones acompanhar a Eurocopa. Naquela ocasião, ele disse que são esperados entre sete e oito milhões de torcedores nas áreas ao ar livre para transmissão de jogos da competição, em uma previsão maior do que a feita por Hollande.
Desde os atentados que deixaram 130 mortos em Paris, a França permanece em estado de emergência, que foi estendido recentemente até o dia 26 de maio, duas semanas antes de a bola rolar pela Eurocopa. A organização ampliou em 15% o orçamento destinado para a segurança do torneio.
Para garantir a presença dos torcedores sem qualquer incidente nas praças e parques do país, serão realizados controles para detectar explosivos em todos os dias que as fan zones forem abertas nas dez cidades-sede. Também serão realizadas revistas manuais e com detectores de metal nas entradas para estas áreas, e será proibida a entrada de bolsas grandes.
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