(Washington Alves/Lightpress)
A sequência de três jogos do Cruzeiro em Belo Horizonte foi iniciada de forma muito satisfatória, do jeito que a torcida, o técnico Mano Menezes e os jogadores esperavam: com vitória. Na manhã ensolarada deste domingo e com o melhor público celeste na temporada, a Raposa venceu o Santa Cruz por 2 a 0 e despachou um adversário direto na luta contra o rebaixamento. Robinho e Ramón Ábila, no segundo tempo, definiram o marcador, garantindo mais três pontos para a conta estrelada.
O próximo jogo do Cruzeiro será na próxima quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileirão o compromisso seguinte do time azul será no dia 8 de setembro, contra o América, no Independência.
O JOGO
Enquanto o sol forte “queimava” no gramado, a torcida inflamava as arquibancadas, cantando alto e pintando o Gigante da Pampulha de azul e branco. Essa força dada pelo público fez a diferença, principalmente no segundo tempo, quando o Cruzeiro “resolveu a parada” e definiu o placar.
No primeiro tempo houve bastante dificuldade para a equipe celeste, uma vez que o Santa Cruz apresentou forte retranca, cumprindo bem a cartilha de equipes visitantes que não desejam perder: ferrolho na defesa e espera por uma bola.
Se o discurso do técnico Doriva era ver o Santa Cruz fazer um bom jogo na partida, pelo menos na etapa inicial os pernambucanos cumpriram bem a missão. Foram pelo menos duas chances claríssimas de gol do Tricolor de Pernambuco. Aos 13 minutos, com Grafite, após bela jogada de João Paulo, e aos 25 minutos, com Léo Moura. O veterano lateral-direito acertou uma bomba no travessão do goleiro Rafael, que esteve muito bem no jogo.
Longe do estádio há mais de um mês, já que o Mineirão ficou à disposição para os Jogos Olímpicos Rio-2016, o Cruzeiro mostrava certa apatia ao se deixar envolver pela marcação do Santinha. Os celestes haviam alcançado apenas uma chance de gol, com Manoel, aos dez minutos. Foi preciso uma bronca do técnico Mano Menezes, que se mostrou agitado durante o jogo, para a equipe acordar no segundo tempo.
E foi isso mesmo que aconteceu. O “Gigante acordou” e logo no começo da etapa final deu dois golpes certeiros no Santa Cruz. Aos três minutos, Robinho acertou um lindo chute de fora da área, lance que nenhuma retranca conseguiria impedir. Cruzeiro 1 a 0. Era a centelha que faltava para o estádio ser incendiado. A torcida vibrou, comemorou, gritou, torceu e fez uma linda festa.
E o clima empolgou ainda mais o time. Quatro minutos depois, Ramón Ábila confirmou sua presença de área e faro de gol, aumentando o placar. Cruzeiro: 2 a 0.
Depois do gol, o Cruzeiro recuou, deu espaço para o Santa Cruz, mas segurou bem o resultado, não levando gol. A torcida, além de comemorar, também pegou no pé do árbitro Sandro Meira Ricci, tido por muitos como “persona non grata” no clube, por um jogo em 2010, envolvendo Cruzeiro e Corinthians. Gritos de “ladrão, ladrão” foram ouvidos a cada lance duvidoso ou marcação de faltas contra o Cruzeiro no gramado.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2 x 0 SANTA CRUZ
CRUZEIRO – Rafael, Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar; Lucas Romero (Denilson), Ariel Cabral, Robinho (Rafinha) e Arrascaeta; Rafael Sóbis e Ramón Ábila (Willian, aos 32 do 2º tempo). Técnico: Mano Menezes
SANTA CRUZ – Tiago Cardoso; Léo Moura, Luan Peres, Danny Morais e Allan Vieira; Derley (Wallyson), Uillian Correia (Danilo Pires) e João Paulo; Pisano (Marion), Keno e Grafite. Técnico: Doriva.
Data: 28 de agosto de 2016
Local: Mineirão
Arbitragem: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Nadine Schramm Camara Bastos e Helton Nunes, todos de Santa Catarina.
Cartão Amarelo: Derley, Uillian Correia e Keno (STA); Lucas Romero, Ariel Cabral e Rafael Sóbis (CRU)
Cartão Vermelho: Não houve
Gols: Robinho, aos três e Ramón Ábila aos sete minutos do segundo tempo.
Público: 49.208 pagantes
Renda: R$ 1.445,435,00