Passados 80 dias do w.o duplo na última rodada do Campeonato Brasileiro, ainda sob o luto da tragédia aérea na Colômbia, finalmente Chapecoense e Atlético pisaram no gramado da Arena Condá e duelaram; desta vez, pela Primeira Liga. E que jogaço!
Escalado pelo técnico Roger com uma equipe alternativa, o Atlético não tomou conhecimento dos donos da casa nos 45 minutos iniciais e, com gols de Carlos César e Clayton, abriu boa vantagem.
Na volta do intervalo, porém, a Chape - com um jogador a menos - orecisou de pouco mais de sete minutos para chegar ao empate, com Wellington Paulista e Jesiel (contra).
Com o 2 a 2, o Galo chegou aos 4 pontos e praticamente se classificou para a próxima fase do torneio regional. Para seguir vivo, o alvinegro precisa que o Joinville não derrote o Cruzeiro por 4 gols de diferença no dia 21 deste mês.
A Chape, por sua vez, ficou pelo caminho. Já a Raposa, líder do grupo com seis pontos, já tem vaga garantida na fase seguinte.
O jogo
A primeira grande chegada do Galo foi logo aos 4 minutos, quando Rafael Moura, num chute cruzado, quase surpreendeu o goleiro da Chapecoense. A bola, porém, saiu pela linha de fundo.
Três minutos depois, após grande jogada de Cazares, Moura teve nova boa oportunidade. Cara a cara com Artur, o camisa 13 do time mineiro acabou parado pelo arqueiro e capitão do time de Chapecó, que fez grande defesa.
Mas não demorou muito para o Atlético abrir o placar. Aos 12, após linda jogada de Carlos César, o alvinegro encaminhou a classificação para a segunda fase da Primeira Liga. O lateral-direito do Galo driblou dois adversários e numa conclusão perfeita inaugurou o marcador na Arena Condá.
Buscando igualar o resultado, a Chape partiu para cima e a resposta foi imediata. Wellington Paulista, porém, perdeu a grande oportunidade do alviverde e o chute, forte, parou nas redes do lado de fora.
Num jogo corrido e bastante disputado, o Atlético foi novamente premiado pela competência do setor ofensivo. Aos 39, após cobrança de escanteio, o atacante Clayton meteu a cabeça na bola, aumentou a diferença e deu mais tranquilidade à equipe nos minutos seguinte.
"Na época do Figueirense eu já fazia alguns gols de cabeça e foi assim que hoje consegui fazer também. Antecipei o cruzamento do Cazares e deu certo. Tenho um bom cabeceio", disse o autor do segundo tento do Galo.
Segundo Tempo
Na volta do intervalo, na primeira volta do relógio, para ser mais exato, veio a luz no fim do túnel para os donos da casa. Wellington Paulista, velho conhecido do torcedor mineiro, provou que gosta mesmo de fazer gols contra o Galo e, de cabeça, balançou a rede de Uilson. Foi o oitavo tento do atacante contra o rival.
Porém, logo veio a ducha de água fria. Após entrada dura em Carlos Eduardo, o meia Dodô, emprestado pelo Galo à Chape, acabou recebendo o cartão vermelho.
Aos gritos de "vergonha! vergonha!", o jogador deixou o gramado da Arena Condá. Os torcedores do alviverde não concordaram com a decisão do árbitro.
Mas como futebol não é uma ciência exata, mesmo com um a menos em campo a Chapeconese buscou o empate. Aos 7 minutos, com gol contra do zagueiro Jesiel, o time mandante deixou tudo igual.
Criando boas oportunidades para desempatar o duelo, Chape e Galo mantiveram o bom futebol nos minutos seguintes. Sem competência na conclusão, porém, não saíram do 2 a 2.
Chapecoense 2 x 2 Atlético
Atlético:
Uilson; Carlos César, Jesiel, Felipe Santana e Leonan; Ralph, Yago, Carlos Eduardo (Anderson) e Cazares; Clayton e Rafael Moura. Técnico: Roger Machado
Chapecoense:
Artur Moraes; João Pedro, Fabrício Bruno, Nathan e Reinaldo; Andrei Girotto, Amaral (Luiz Antônio) e Dodô; Niltinho, Arthur (Túlio de Melo) e Wellington Paulista (Apodi). Técnico: Vágner Mancini
Gols: Carlos César, aos 12 minutos do primeiro tempo, e Clayton, aos 39, para o Atlético; Wellington Paulista, a 1 minuto do segundo tempo, e Jesiel (contra), aos 7, para a Chapecoense
Cartões Amarelos: Carlos Eduardo, Ralph, Carlos César (Atlético); João Pedro (Chapecoense)
Cartão vermelho: Dodô (Chapecoense)
Arbitragem: Jean Pierri Gonçalves da Silva, auxiliado por André da Silva Bittencourt e Michel Stanislau
Público e Renda: -