Galo negocia com empresa que monitora transações para clubes formadores

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/02/2016 às 06:56.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:25
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

Bernard, Jemerson e até Giovanni Augusto. A base do Atlético já contribuiu para a equipe dentro de campo. Mas ainda pode ser fonte de outro recurso: o financeiro. Para tanto, é preciso ficar de olho no chamado mecanismo de solidariedade da Fifa.

Com este objetivo, o clube mineiro demonstrou interesse em fechar negócio com a Rede do Futebol, empresa gaúcha que fornece, por meio de um software, uma base de dados com registros contratuais de 300 mil atletas profissionais.

Neste monitoramento, o Galo terá como mapear todas as transferências internacionais e pesquisar se houve algum atleta formado por ele envolvido em mudanças de clubes.

Se sim, o alvinegro terá condição de acionar o tal mecanismo previsto no artigo 21 do regulamento de transferências da Fifa, que dá ao clube formador o direito de receber até 5% da venda de um jogador.

Este percentual é variável e depende da quantidade de temporadas que determinado atleta passou no clube, entre os 12 e 23 anos – dos 12 aos 15, o percentual é menor para cada ano (0,25% do montante), e dos 16 aos 23, é de 0,5%.

“O que eu posso afirmar é que existe uma conversa inicial nossa com o Atlético para que o clube possa utilizar a nossa base de dados ”, afirmou o sócio-diretor da Rede do Futebol, Marcelo Nadler.

Para se ter uma ideia de como funciona a lei, o Atlético manteve o meia-atacante Bernard nas categorias de base entre os 16 e 21 anos – aos 18 ele chegou a ser emprestado ao Democrata-SL. O fato é que o Galo formou Bernard durante cinco anos, tendo direito a 2,5% do valor que o Shakhtar Donetsk receber em uma eventual venda.

Bernard chegou a receber uma proposta de 30 milhões de euros do futebol italiano no ano passado, prontamente recusada pelos ucranianos. Caso o Shakhtar aceitasse a oferta, o Atlético teria direito a 750 mil euros (R$ 3,3 mi).

No caso do zagueiro Jemerson, vendido recentemente ao Monaco, o percentual alvinegro segue em 2,5%. Ele chegou ao clube aos 18 anos e saiu aos 23 (seis anos). Mas esteve também emprestado ao Democrata-SL por um ano.

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