Parece que foi ontem. O grito de “É campeão” estava entalado na garganta. Afinal, nenhuma torcida dos grandes clubes brasileiros precisou esperar tanto tempo para comemorar um título de peso como a Massa. Foram 42 anos de muito sofrimento, com final feliz há exatamente um mês, com a conquista inédita e emocionante da Copa Libertadores, diante do Olimpia, do Paraguai, no Mineirão. Desde o histórico 24 de julho, o Atlético nunca mais foi o mesmo. O título da competição continental colocou o clube em outro patamar. E fez a torcida esbanjar felicidade, em festas que pintaram de preto e branco, por vários dias, a Praça Sete, ponto central de Belo Horizonte e que chegaram até à Cidade Administrativa e à Assembleia Legislativa. Depois da América, o sonho agora é conquistar o mundo. Em dezembro, o clube embarca vão ao Marrocos querendo trazer na bagagem o título do Mundial de Clubes da Fifa. Após a conquista, o grupo do técnico Cuca começou a passar por mudanças. O garoto Bernard, uma das principais peças da vitoriosa campanha, deixou o clube. Chegaram à Cidade do Galo o meia argentino Dátolo, ex- Internacional, e o atacante Fernandinho, que veio do futebol árabe. Os dois brigam para suprir a vaga deixada pelo “menino de ouro”, que rendeu a maior negociação da história do futebol mineiro. Para contar com o jovem de 20 anos, o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, desembolsou 25 milhões de euros (R$ 77 milhões). Mas o primeiro mês do Atlético campeão da América não foi só de festas e negociações. Muito por culpa da ressaca pelo título, o time de Cuca perdeu demais.ogo na sequência, acumulou três derrotas, diante de Cruzeiro (4 a 1), Atlético-PR (2 a 1), que decretou o fim da invencibilidade de 38 jogos no Independência, e Flamengo (3 a 0). Depois de quatro jogos seguidos sem perder, os 4 a 2 para o Botafogo, quinta-feira, no Maracanã, deixam o sinal amarelo novamente aceso na Cidade do Galo.