Gol do Cruzeiro, pela Libertadores, na Argentina, só foi defendido por Raul, Dida e Fábio

O Cruzeiro disputa na noite desta terça-feira (27) no Estádio Presidente Perón, em Avellaneda, sua 16ª partida pela Copa Libertadores na Argentina, numa história que começou em 1975, na segunda participação cruzeirense na principal competição de clubes das Américas. E Rafael, que joga contra o Racing substituindo Fábio, que retornou ao Brasil por causa da morte do seu pai na noite da última segunda-feira (26), será apenas o quarto goleiro cruzeirense a atuar no país vizinho pelo torneiro, passando a integrar uma lista que conta simplesmente com os três maiores nomes da história do clube na posição: Raul, Dida e Fábio.

Goleiro do Cruzeiro nas quatro primeiras participações do clube na Copa Libertadores, Raul defendeu o gol cruzeirense por quatro vezes na Argentina, sempre em confrontos pela reta final da competição.

A estreia do goleiro da camisa amarela foi nas semifinais da edição de 1975, naquela época disputada em dois quadrangulares, quando o Cruzeiro encarou Rosario Central e Independiente em situação totalmente favorável, mas acabou perdendo a vaga na decisão.

Depois de vencer os dois rivais argentinos em casa por 2 a 0, em 3 de junho de 1975 o Cruzeiro precisava apenas de um empate diante do Rosario Central para chegar à final, mas foi derrotado por 3 a 1.

Três dias depois, a equipe estava novamente em campo, em Avellaneda, para encarar o Independiente, que era o tricampeão da Libertadores levantando a taça em 1972, 1973 e 1974. O Cruzeiro poderia perder por 2 a 0 ou 3 a 1, que mesmo assim seria finalista. Foi goleado por 3 a 0 e perdeu a vaga para o Rojo, que chegou ao tetra, maior sequência da história da competição.

DECISÕES

Nos dois anos seguintes, Raul voltou à Argentina, mas para decidir o título. Em 1976, o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1 pelo River Plate, no Monumental de Núñez, na segunda partida decisiva, mas garantiu a taça no jogo desempate, em Santiago.Conmebol/Arquivo

Na primeira final de Copa Libertadores do Cruzeiro, contra o River Plate, em 1976, Raul era o goleiro do time que perdeu a partida disputada no Monumetal de Núñez por 2 a 1

Em 1977, nova derrota, por 1 a 0, para o Boca Juniors, em La Bombonera, no primeiro confronto da final. A vitória pelo mesmo placar no Mineirão forçou a terceira partida, em Montevidéu, com os argentinos ganhando a taça nos pênaltis, após 0 a 0 o tempo normal e prorrogação.

NA HISTÓRIA

Na fase de grupos da Copa Libertadores de 1994, o Cruzeiro teve Boca Juniors e Vélez Sarsfield em sua chave. E em 16 de março, na vitória cruzeirense por 2 a 1, em La Bombonera, Dida teve aquela que foi considerada a maior atuação de um goleiro brasileiro na Argentina.

No jogo contra o Vélez, que venceria aquela edição da Copa Libertadores, ele não conseguiu evitar os gols de Trotta e Asad que decretaram a vitória do time de Chilavert.

ERA FÁBIO

Nas últimas seis participações do Cruzeiro na Libertadores ele sempre jogou na Argentina pelo menos uma vez. Foram nove partidas e todas elas com Fábio no gol. A mais marcantes delas o empate por 0 a 0 com o Estudiantes, em La Plata, na partida de ida da decisão de 2009. Naquela noite, o time da casa só não chegou ao gol porque encarou um Fábio inspirado, que fez belas defesas no Estádio Ciudad de La Plata.

Das 15 partidas de Libertadores disputadas pelo Cruzeiro na Argentina, em apenas quatro o time não sofreu gol. Em todas elas, era Fábio quem defendia a meta.

Nesta terça-feira será a vez de Rafael, na sua estreia em Copa Libertadores, viver o clima de um duelo entre brasileiros e argentinos. E tudo o que os cruzeirenses esperam é que ele possa somar mais uma atuação inesquecível neste retrospecto marcado pela rivalidade.

DATA

PLACAR

LOCAL

FASE

GOLEIRO

3/6/1975

Rosario Central 3 x 1 Cruzeiro

Rosario

Semifinal

Raul

6/6/1975

Independiente 3 x 0 Cruzeiro