São argentinos e com passagens pelo Boca Juniors os dois principais jogadores do clássico brasileiro pelas quartas de final da Copa Libertadores. Os atacantes Jonathan Calleri e Lucas Pratto têm juntos 21 gols no ano e por pouco não estão nesta quarta-feira em lados trocados no confronto, pois Atlético Mineiro e São Paulo disputaram quem conseguiria trazê-los. Neste placar de contratações, o empate é de 1 a 1.
O são-paulino Calleri e o atleticano Pratto estão entre as principais referências do futebol nacional em uma posição carente de destaques brasileiros: o centroavante. Os dois clubes do País de melhor campanha nesta Libertadores estão entre os oito remanescentes da competição graças ao poderio de finalização dos atacantes, que são os artilheiros das equipes no torneio.
Calleri chegou ao São Paulo em fevereiro, com contrato até junho, depois de ter iniciado conversas com o Atlético. O técnico do clube do Morumbi, o argentino Edgardo Bauza, pediu o reforço à diretoria e pesou também a amizade dele com o tio do atacante, Nestor Fabbri. Ambos foram zagueiros do elenco da Argentina na Copa do Mundo de 1990.
Com uma proposta mais vantajosa, o jogador de 22 anos acabou por escolher o time paulista. Na Libertadores, é o artilheiro da equipe e da competição, com 8 gols. Calleri deve ir para o futebol italiano, mas a data da despedida do São Paulo depende da campanha na Libertadores. Caso o time passe pelo Atlético, o contrato será prolongado para além do dia de 30 de junho e terá validade até o fim da participação da equipe no torneio, já que as semifinais e finais serão apenas em julho.
A contratação de Calleri foi um processo inverso à vinda de Pratto ao Atlético, que tem 4 gols na Libertadores. Em 2014, o então destaque do Vélez Sarsfield atraiu interesses de clubes brasileiros. Um dos primeiros a tentar a contratação foi o São Paulo. Nesta disputa, o clube alvinegro entrou depois e levou a melhor. O reforço assinou por quatro temporadas.