O Grêmio decidiu fechar o setor de arquibancada da sua Arena, atrás de uma das balizas, onde os torcedores se reúnem para fazer a "avalanche" na comemoração de gols. Na quarta-feira à noite, durante o confronto contra a LDU, pela fase preliminar da Libertadores, na celebração do gol de Elano, a acumulação de gremistas no alambrado fez parte deste desabar.
No empurra-empurra da avalanche, dez pessoas acabaram caindo no fosso que separa a arquibancada do gramado. Oito precisaram de atendimento médico e três delas chegaram a ser transferidas para um hospital.
De acordo com breve nota divulgada pelo Grêmio, o setor norte nível 1 da arquibancada "não será utilizado até que sejam concluídas as perícias e investigações pelos órgãos competentes, bem como adotadas as medidas necessárias para preservar a segurança dos torcedores e do público em geral que frequenta aquele setor da Arena".
Em outubro, na fase final de obras da Arena, o Grêmio chegou a autorizar que as organizadas fizessem um "ensaio" da avalanche. Mas a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros vetaram a ideia. Na ocasião, o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, pediu "bom senso" e disse que a Arena era a mais segura do País, não havendo qualquer risco.
Atendendo a torcida, o Grêmio não colocou cadeiras nesse setor do estádio, deixando os assentos no cimento mesmo, tudo para facilitar a movimentação da avalanche. O Corpo de Bombeiros promete não renovar o alvará provisório, que vale só até o dia 19 de fevereiro, se o Grêmio não realizar obras que impeçam a correria, como a instalação de cadeiras ou de gradis.
Apesar dos problemas no primeiro jogo oficial da Arena, o presidente da CBF, José Maria Marin, confirmou nesta quinta-feira que o estádio do Grêmio será o palco do jogo entre Brasil e França, dia 9 de junho, último amistoso antes da Copa das Confederações.
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