O Comando Geral da Polícia Militar do Rio recebeu na manhã deste sábado representantes do Comitê Popular da Copa e Olimpíada, um dos responsáveis pela organização de protestos marcados para domingo nas imediações do Maracanã, onde Brasil e Espanha disputarão a final da Copa das Confederações. A reunião foi convocada no fim da tarde de sexta-feira pela PM.
De acordo com Marcelo Edmundo, membro do Comitê, o grupo confirmou ao comando da PM informações como o trajeto da manifestação. O ato começará às 10h da manhã, com concentração na Praça Sáenz Peña, no bairro da Tijuca. De lá haverá uma caminhada até o Maracanã.
A pauta de reivindicações também foi reforçada: o cancelamento da privatização do Maracanã e o fim das remoções provocadas pela Copa do Mundo e pela Olimpíada. Segundo Edmundo, não houve acordo e a PM manteve a determinação de criar barreiras policiais no entorno do estádio a partir das 13h de domingo. "A polícia sabe qual o seu papel. Apenas comunicamos nosso direito constitucional de nos manifestarmos e deixamos claro que se surgir algum conflito não será de nossa parte", disse o integrante do Comitê.
O comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, enviou na manhã deste sábado ofícios convidando à Ordem dos Advogados do Brasil, à Defensoria Pública e ao Ministério Público Estadual e Federal para acompanharem o cordão de isolamento que será feito por policiais militares do Batalhão de Choque no entorno do Maracanã. A ideia é que representantes das instituições acompanhem o patrulhamento, ajudando a manter a tranquilidade na manifestação e eventualmente identificar quem agir com violência.
Na sexta, o Ministério Público Federal recomendou ao comando da Polícia Militar do Rio que restrinja o uso de armamentos de baixa letalidade, em especial bombas de gás lacrimogêneo, nas manifestações públicas para conter os movimentos realizados durante a final da Copa das Confederações.
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