Henrique perto de fazer história na Superliga de Vôlei

O Vivo/Minas entra em quadra apenas amanhã, quando enfrenta o RJ Vôlei, no ginásio do Tijuca, na capital fluminense, às 19h. Para um jogador em particular, a partida causa uma expectativa ainda maior, pois tem tudo para entrar para a história.

Trata-se do meio de rede Henrique, que pode atingir a marca recorde de 800 bloqueios na Superliga. Atualmente, o jogador conta com 799 pontos no fundamento. Caso consiga dar apenas um “toco”, se tornará o primeiro jogador de todo o vôlei nacional a alcançar esse número.

Henrique “subiu” para o profissional do time do Minas em 1998, aos 20 anos, porém só estreou no ano seguinte. Ele se lembra do primeiro ponto de bloqueio que fez na carreira. “Foi contra o Olimpikus (SP). O levantador era o Maurício (ex-seleção brasileira). Ele botou uma bola na ponta para o Tande, e eu consegui pegar. Agora, quase 15 anos depois, estou a um ponto de uma marca inédita”, comemora o jogador de 35 anos.

Diferentemente do futebol, em que os próprios jogadores fazem ou conferem as contas para atingir marcas desejadas, Henrique acabou descobrindo que estava próximo de bater um recorde sem querer. “O pessoal das estatísticas da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) me informou, alguns jogos atrás, que eu estava a poucos pontos de chegar a 800. A partir daí, eu também comecei a acompanhar”, conta.

Segundo o minas-tenista, a boa fase da equipe também o ajuda a alcançar a marca histórica. “Quando o time está bem, acaba ficando mais fácil bloquear. Temos que continuar trabalhando e jogando dessa forma”, analisa o meio de rede, que prefere não prometer o 800º ponto contra o Rio. “Não vem com essa pressão pro meu lado”, brinca.

Falando sério, ele garante que se preparou e está tranquilo para atingir esse recorde já na partida de amanhã. “Estudei bem o adversário e estou pronto para ajudar o time. Se tiver a chance, vou conseguir esse bloqueio e essa marca pessoal”, conclui.

1.000 pontos

Na atual temporada, Henrique é o quinto melhor da Superliga nesse fundamento, com 23,49% de aproveitamento. Fica atrás de Lucão, do Sesi; Gustavo, do Campinas; Ualas, do Rio; e Matheus, do São Bernardo.

Para o futuro, o jogador já tem uma meta traçada. “Quem sabe chegar aos mil pontos? É muito difícil, mas, na forma que estou, me sinto capaz”, garante. “É uma coisa que me motiva, me faz querer jogar mais tempo e estabelecer uma marca que ninguém consiga alcançar, para deixar meu nome marcado”, completa.