Hernane cai nas graças da torcida do Fla com seus gols

Leonardo Maia
28/11/2013 às 00:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:25

Se existe um jogador-símbolo da conquista da Copa do Brasil de 2013, esse é Hernane. O atacante que ninguém sabe de onde veio e como se tornou um dos mais profícuos artilheiros em uma temporada na história do Flamengo. Hernane é como uma síntese de seu time: limitações técnicas óbvias, mas muita luta, muita disposição e tranquilidade para definir nos momentos cruciais. De quebra, traz um apelido perfeito para seu futebol e ideal para se tornar ídolo da massa rubro-negra.

O "Brocador", homem de pouca finesse, pouco requinte com a bola, mas de máxima eficiência. Um toque, um gol. Assim foi na maioria de seus 34 gols nesta temporada, 17 deles anotado no remodelado Maracanã.

A alcunha de Brocador - que lhe foi dada pelo goleiro Fabiano, do Toledo, no Paraná - também faz Hernane já conquistar um espaço no panteão de míticos e folclóricos atacantes da Gávea. A torcida rubro-negra, irônica e bem-humorada, sempre gostou de jogadores com o perfil do jovem de 27 anos, que deixou o Mogi Mirim-SP no ano passado para se tornar ídolo no clube de maior torcida do País.

Foi no Flamengo que o desengonçado Fio Maravilha se tornou histórico, tanto pelos gols fantásticos quanto pelos lances bisonhos. Nunes, o João Danado, o Artilheiro das Decisões, fez sua fama no maior time da história rubro-negra. Concluía as jogadas de Zico, Adílio, Andrade, Júnior com precisão sempre que a ocasião exigia.

Mais recentemente, Obina vestiu a armadura do herói voluntarioso da torcida. Evitou rebaixamentos, fez gols em finais contra rivais, como contra o Botafogo, na decisão do Campeonato Carioca de 2008, e foi decantado como "melhor do que Eto'o".

Baiano de Bom Jesus da Lapa, Hernane carrega um pouco das características de cada um desses. O Brocador ainda está no início de sua caminhada no Flamengo. Mas superar a marca de gols em um ano de etiquetas como Vagner Love, Edilson, Ronaldinho Gaúcho e Adriano, fazer do Maracanã seu quintal e conduzir o time ao terceiro título da Copa do Brasil é um início e tanto.
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