(Alexandre Vidal e João Vitor)
A vida de Hernane agora é outra. Depois de marcar três gols em um clássico eliminatório, é natural que o assédio aumente e ele passe a ser chamado de herói. Mas, a cada jogo que passa, o atacante mostra que não é um sucesso passageiro. Já são 31 gols marcados na temporada, com os três que fez contra o Botafogo na noite de quarta-feira, que levaram o Flamengo às semifinais da Copa do Brasil.
"O momento que estou passando hoje eu já esperava, porque eu me vejo dentro e fora de campo muito profissional, e as coisas acontecem com quem trabalha", discursou Hernane, em entrevista à TV Globo nesta quinta-feira.
No início do ano, Hernane, que tem o apelido de Brocador, estabeleceu a meta de 30 gols na temporada. Ele já superou esse objetivo, mas ainda há espaço para mais. No clássico de quarta-feira no Maracanã, após comandar a goleada por 4 a 0, ele foi ovacionado por quase 50 mil torcedores flamenguistas, que já o idolatram no clube.
"Eu não imaginei que seria tão rápido assim. O apelido Brocador pegou muito rápido, o reconhecimento da torcida para mim foi muito bom. Mas (para ser ídolo) falta título, né? A partir do momento que ganha títulos, o jogador é mais reconhecido pela torcida", disse o atacante, autor de 14 gols em 12 jogos no novo Maracanã.
A quinta-feira foi dia de celebrar o herói flamenguista e descansar o grupo. Para a partida contra a Portuguesa, domingo, no Castelão, em Fortaleza, pelo Brasileirão, o técnico Jayme de Almeida deve poupar titulares novamente, para poder concentrar forças na Copa do Brasil.