História mostra artilharia como prêmio de consolação; Kane e Lukaku lutam pelo troféu

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
12/07/2018 às 19:38.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:22
 (Manan Vatsyayana / AFP)

(Manan Vatsyayana / AFP)

Prêmio individual mais importante da Copa do Mundo, superando até mesmo a Bola de Ouro – que muitas vezes é contestada e só começou a ser entregue em 1982, na Espanha –, a artilharia na Rússia deve seguir uma tradição, que é ficar com um jogador que não disputará a final. Isso porque os líderes da lista de goleadores são o inglês Kane, com seis bolas na rede, e o belga Lukaku, com quatro.

Os dois entram em campo amanhã, às 11h (de Brasília), em São Petersburgo, fazendo praticamente uma batalha pessoal pela artilharia do Mundial de 2018.

Dentre os jogadores finalistas, os melhores colocados na tabela de artilheiros são os franceses Grizmann e Mbappé, que marcaram três vezes cada.

Para pelo menos chegar ao número atual de Kane, a dupla francesa precisaria igualar o feito de outro inglês, Hurst, único jogador a alcançar um hat-trick numa decisão de Copa nos 4 a 2 da Inglaterra sobre a Alemanha, na final do Mundial de 1966, que foi sediado e vencido pela Inglaterra. Dois dos seus gols foram marcados na prorrogação.

Na batalha Kane x Lukaku, se for considerado o histórico dos dois nos gramados russos, a parada está praticamente definida. Lukaku marcou os quatro gols na fase de grupos.

Na fase eliminatória, Kane balançou a rede apenas uma vez, de pênalti, contra a Colômbia, ainda nas oitavas de final.

Nas 20 edições de Copas, três (1962, 1994 e 2010) tiveram mais de um artilheiro. Nas outras 17, o goleador da competição foi um jogador que defendia uma seleção que ficou no terceiro lugar.

E essa história começa com um brasileiro, há 80 anos, pois o goleador do Mundial de 1938, na França, foi Leônidas da Silva, com sete gols, dois deles marcados na disputa do terceiro lugar com a Suécia, vencida pelo Brasil por 4 a 2.

Essas duas bolas na rede foram decisivas, pois após as semifinais, a artilharia daquela Copa era do húngaro Zsengeller, com seis gols, mas ele passou em branco na decisão, vencida pela Itália por 4 a 2.

Mais uma vez, a artilharia de uma Copa caminha para ser um prêmio de consolação para alguém que não alcançou a taça, mas pelo menos servirá para esquentar um pouco o clima de amistoso da decisão do terceiro lugar.

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