Hora de conhecer o primeiro rival celeste na Copa Sul-Americana. Definição será no sorteio

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
30/01/2017 às 20:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:38

Os potes e as bolinhas voltam a estar no centro do palco hoje às 21h na sede da Conmebol, em Luque, região metropolitana de Assunção (Paraguai), desta vez para definir os confrontos de uma competição que vem superando o descrédito geral e ganha argumentos cada vez maiores para ser levada a sério pelos clubes participantes – o Cruzeiro é um dos seis brasileiros, ao lado de São Paulo, Fluminense, Sport, Corinthians e Ponte Preta. Se a glória máxima para uma equipe da América do Sul segue sendo a conquista da Libertadores, a Copa Sul-Americana se mostra atraente por vários aspectos.

Tanto assim que, não fosse pela tragédia aérea envolvendo a delegação da Chapecoense que rumava para o primeiro jogo da decisão de 2016, em Medellín ­­– o Atlético Nacional-COL abriu mão do título em favor do time catarinense ­– e teria sido grande a possibilidade de ver os Verdolagas levantarem os dois troféus num mesmo ano.

Algo que se tornou menos provável, no que é apenas uma das várias mudanças em relação às edições anteriores do torneio, disputado pela primeira vez em 2003 e vencido, além da Chape, no ano passado, por Internacional (2008) e São Paulo (2012). Como ocorreu com a Libertadores, a duração da competição foi aumentada, com o pontapé para a fase inicial já na última semana de fevereiro ­– o vencedor será consagrado em 13 de dezembro

E seguindo o exemplo europeu, a Copa deste ano dará uma segunda vida aos times eliminados na fase de grupos da Libertadores (tal qual ocorre com a Liga dos Campeões e a Liga Europa). Os oito terceiros lugares e os dois melhores quartos lugares se juntam aos 22 classificados na primeira fase da Sul-Americana (são 44 classificados que se enfrentarão em confrontos eliminatórios de ida e volta).

Além disso, a Conmebol optou por acabar com os confrontos domésticos na primeira fase, o que muitas vezes levava os brasileiros, às voltas com a Série A, a mandarem a campo times reservas, em jogos de pouco público e nível técnico inferior – muitos técnicos e dirigentes encaravam quase como punição o fato de ter que ir adiante na Sul-Americana. Desta vez, no que depender da sorte, o primeiro duelo pode reservar de cara emoções fortes, contra clubes de  tradição regional ou bom retrospecto recente como os argentinos Independiente e Racing, os paraguaios Cerro Porteño e Nacional; os uruguaios Danubio e Defensor Sporting, o peruano Alianza Lima e os chilenos Palestino e Universidad de Chile. Há ainda a nada agradável perspectiva de enfrentar o Nacional Potosí, da Bolívia, 4.000m acima do nível do mar.

Incógnita

O outro lado da moeda é um verdadeiro salto no desconhecido, com times que certamente vão exigir trabalho de treinadores e observadores para entender como atuam, suas virtudes e pontos vulneráveis. Casos do também boliviano Petrolero de Yacuba, do venezuelano Estudiantes de Caracas, do equatoriano Fuerza Amarilla ou do peruano Comerciantes Unidos.

Qualquer que seja o caminho, há bons motivos para justificar o esforço. A começar pela premiação – quem superar todas as fases e chegar à decisão já terá embolsado quase US$ 3 milhões (o campeão levará US$ 1 milhão extra). A vaga na Libertadores e a classificação para disputar a Copa Suruga Bank, contra o campeão japonês, bem como a visibilidade internacional, são razões extras para valorizar a competição. Tanto mais que, entre os representantes verde e amarelos, apenas o Fluminense teve algo a comemorar ano passado, ao conquistar a Primeira Liga. Cruzeiro, os paulistas e o Sport passaram a temporada em branco.

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