O nascimento do primeiro filho, a reintegração ao time do técnico Levir Culpi e as participações decisivas no Campeonato Brasileiro, pelo menos uma vez por mês, tinham tudo para deixar o lateral Patric tranquilo, com a cabeça já em 2016. Entretanto, o jogador ainda não sabe qual clube defenderá na próxima temporada. A decisão será tomada só no dia 20 de dezembro, data de encerramento do contrato com o Atlético.
Importante na vitória sobre o Figueirense, no último domingo, o jogador não resolveu o imbróglio envolvendo o Osmanlispor-TUR e terá que esperar mais 37 dias. Há quatro meses, Patric assinou um pré-contrato com o clube turco e, a princípio, será obrigado a trocar Belo Horizonte por Ancara em 2016.
O departamento jurídico do Atlético recebeu ordens do presidente Daniel Nepomuceno para impedir a transferência. Mas isso só seria possível mediante uma contrapartida financeira ainda mais salgada do que o valor investido na contratação do atleta.
A multa rescisória com o Osmanlispor é de US$ 1 milhão, ou aproximadamente R$ 3,7 milhões, contra os R$ 2,2 milhões pagos ao Benfica-POR em 2010 por 50% dos direitos econômicos do jogador.
“O caso ainda está sem uma solução. O pré-contrato com o Osmanlispor tem uma cláusula de anulação que é acionada mediante o pagamento da multa. Este valor não é de outro mundo. Seria se fossem US$ 5 milhões”, ameniza o agente e pai do atleta, Reginaldo Lalau, ao Hoje em Dia.
Patric é o segundo reserva mais acionado pelo técnico Levir Culpi, com 36 jogos oficiais na temporada, só atrás do atacante Carlos (39). O lateral quer permanecer na Cidade do Galo, mas a diretoria só deverá agir de forma definitiva após o término do Campeonato Brasileiro. O contrato de Patric acaba no dia 20 de dezembro, exatas duas semanas após a última rodada da competição.
“Ele quer ficar, mas, se for para se transferir para a Turquia, irá cumprir o pré-acordo. O clube (Atlético) deve nos procurar somente em dezembro”, completou o empresário.
VITÓRIA
O Atlético obteve ganho de causa junto ao Tribunal Regional Federal-DF e poderá usar R$ 50 milhões bloqueados para abater parcelas do pagamento da dívida fiscal através do Profut.