(Giuseppe Cacace)
Para a imprensa italiana, o "divórcio" entre Milan e Clarence Seedorf antes do início da próxima temporada é inevitável. Segundo o jornal La Gazzetta dello Sport, o holandês não teria clima para continuar no cargo, mas não concordará com uma rescisão amigável de seu contrato para facilitar sua saída.
Além dos resultados medianos obtidos por Seedorf desde quando chegou ao Milan, em janeiro deste ano, a troca de farpas entre ele e o vice de futebol, Adriano Galliani, contribuíram para um "insustentável" clima interno no clube italiano. Ao lado do holandês, que insinuou que os resultados de seu antecessor, Massimiliano Allegri, atrapalharam seu desempenho, que, para ele foi satisfatório, estaria o presidente Silvio Berlusconi.
De acordo com o jornal, a decisão não teria sido anunciada até agora por conta do alto custo da cláusula de rescisão do contrato do holandês, que vai até 2016. Com o orçamento apertado por conta da forte crise que afeta o Milan, a indenização de 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 7,5 milhões) seria um grande problema para Berlusconi.
Além do problema interno no comando do clube, o vestiário também passa por uma situação complicada. O goleiro Amelia e o zagueiro Bonera teriam discutido e criado um racha no elenco entre os que apoiam e os que não apoiam o técnico holandês, segundo a publicação.
Substituto
Para o lugar de Seedorf, um novo nome surgiu nesta sexta-feira (23): Unai Emery, do Sevilla. O técnico espanhol conquistou há algumas semanas o título da Liga Europa sobre o Benfica e levou a equipe, de orçamento limitado, à quinta colocação no Campeonato Espanhol.
Antes de Emery, já haviam sido cogitados os nomes de dois ídolos do clube de gerações distintas. Um deles é o ex-atacante Filippo Inzaghi, que, desde quando se aposentou, em 2012, é técnico das categorias de base do Milan. O outro é o ex-meio-campista Roberto Donadoni, que treinou a seleção italiana entre 2006 e 2008, e que atualmente está no comando técnico do Parma.