(Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Cruzeiro)
O mau início do Atlético e a instabilidade vivida pelo Cruzeiro entre a quarta e a quinta rodadas do Campeonato Brasileiro são situações pautadas, basicamente, pelo mesmo fator: a dificuldade dos técnicos Roger Machado e Mano Menezes em escalar os respectivos times titulares.
Seja por lesão, suspensão ou convocação, o Galo ainda não conseguiu repetir a formação inicial em nenhuma das seis partidas disputadas. Só na lateral direita, foram utilizadas quatro peças diferentes, incluindo o volante Yago. Sem contar com Elias, que também precisou “quebrar o galho” na função nos últimos 45 minutos do tropeço diante do Vitória.
A Raposa viveu o mesmo drama no setor. Antes da volta do contundido Ezequiel, contra o Bahia, foi preciso utilizar os volantes Lucas Romero e Hudson na posição. E, na zaga, sobrou para Henrique, acionado como substituto do selecionado Caicedo e dos lesionados Dedé e Manoel.
Roger não precisou “inventar” ninguém na zaga alvinegra, mas viu, diante do Leão baiano, que a dupla reserva formada por Felipe Santana e Erazo não deu conta do recado. Principalmente sem a proteção do volante “pegador” Adilson, lesionado.
Um alento para os atleticanos é que o capitão Leonardo Silva se recuperou da lesão na coxa e treinou normalmente na terça-feira.
Já Mano desistiu da improvisação na defesa e promoveu a entrada de Murilo Cerqueira. O atleta formado na base deve ganhar uma sequência no time.
Talentos apagados
Com tantas baixas e diante de um calendário que praticamente limita os treinamentos aos trabalhos regenerativos, o jeito é apostar nas individualidades.
Neste aspecto, melhor para o Cruzeiro. Diante do Atlético-GO, o vaiado Thiago Neves voltou a jogar bem, e Ramón Ábila marcou dois gols aproveitando jogadas de Alisson. O triunfo colocou a Raposa no G-6, com dez pontos e 55% de aproveitamento.
Por outro lado, a qualidade individual esteve ausente no Atlético, com Robinho e Valdívia apagados diante do Vitória. O artilheiro Fred, por sua vez, criou uma chance e acertou a trave. O tropeço colocou o Galo novamente às portas do Z-4, com seis pontos e rendimento de 33%.Editoria de Arte/Hoje em Dia / N/A
*Com Alexandre Simões e Cristiano Martins