(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Ninguém tem dúvidas de que a crise política, financeira e moral que impregnou os bastidores do Cruzeiro atingiu o time dentro de campo e que isso foi crucial para o rebaixamento do clube à Série B do Brasileiro. O que se esperava é que a Raposa, tão logo terminou a temporada, iniciaria um processo de reestruturação para não repetir os mesmos erros em 2020. Só que a casa segue bagunçada.
Um dos responsáveis para o pior ano da história do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá continuou sentado na cadeira de presidente da agremiação até essa quinta-feira (19), quando, enfim, renunciou. Durante o clima de incertezas, o planejamento do clube para o ano que vem está comprometido. Faltam 11 dias para o término de 2019, e ainda não se tem muitas notícias de saída ou vinda de jogadores.Vinnicius Silva/Cruzeiro
É certo o interesse do Flamengo no atacante Pedro Rocha, tido como uma das maiores decepções da equipe neste ano – foram 33 partidas disputadas, apenas quatro gols marcados e várias lesões em um curto espaço de tempo. A saída dele, no entanto, ainda não foi oficializada.
Quem também parece estar de saída da Toca II são o volante Jadson e o atacante Joel. O primeiro está perto de acertar com o Bahia - o contrato iria até o fim de 2020.
Já o avante camaronês pode voltar a vestir a camisa do Marítimo, de Portugal, após uma segunda passagem apagada pelos celestes.
Ainda é pouco para enxugar o plantel e, consequentemente, a folha salarial de um clube que convive com dívidas que, segundo o ex-presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, chegariam a algo em torno de R$ 700 milhões.
Não se sabe qual será o futuro de atletas como Thiago Neves, Egídio, Edilson, Robinho e Fred, bastante criticados pela torcida. Isso sem contar que eles, o restante do elenco e demais funcionários continuam com dois meses de salários e o 13º atrasados. Situações que só começarão a ser solucionadas após esse período de instabilidade fora de campo.