Ineficiência frente aos grandes foi determinante na “Era Mano Menezes”

Walace Graciano - Do Portal HD
23/11/2012 às 17:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:33
 (AFP)

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Sob o comando da Seleção Brasileira, Mano Menezes obteve bons números durante sua passagem, que começou em agosto de 2010 e teve fim nesta sexta-feira (21). Ao todo, o técnico esteve à frente da equipe principal canarinho em 33 oportunidades, conquistou 21 vitórias, seis empates e foi derrotado por seis vezes, o que lhe dá um aproveitamento de 69,7%. Ele ainda conseguiu dois títulos do Superclássico das Américas (antiga Copa Roca), contra a Argentina. Seria um bom retrospecto, não fossem às demasiadas críticas sobre a qualidade de nossos adversários, além dos resultados ruins frente aos grandes rivais, um calo em seu pé que foi determinante no seu futuro como treinador do Brasil.

Para se ter uma ideia, durante sua gestão, Mano comandou a equipe em nove jogos contra seleções que estão no top 10 do Ranking da Fifa. Venceu por três vezes, empatou em duas oportunidades e perdeu em outras quatro. Se incluirmos a França, que figurava em 14º lugar na lista à época do confronto contra o Brasil, o número de derrotas sobe para cinco.

Os triunfos sobre grandes adversários vieram contra a Dinamarca (10ª colocada no ranking de maio deste ano, época do confronto), por 3 a 1, e em dois embates frente à Argentina (2 x 0, em 2011,  e 2 x 1, neste ano). Porém, essas vitórias contra a albiceleste foram conquistadas na disputa do Superclássico das Américas, quando as seleções não levaram seus esquadrões mais fortes.

Quando encarou nossos vizinhos com a equipe principal, o resultado não foi positivo. O time comandado por Mano perdeu em duas oportunidades (0 a 1, em 2010, e 3 a 4, neste ano), ambas decididas por Messi. A esses tropeços soma-se o revés no Superclássico, na última quarta-feira (2 a 1 para os albicelestes), e as derrotas contra as tradicionais Alemanha ( 3 a 4) e França ( 0 a 1).

Mano ainda obteve empates sem gols contra a Holanda, jogo disputado em Goiânia, em 2011, e contra nossos “Hermanos”, em jogo disputado em Córdoba e que foi válido pelo Superclássico das Américas do mesmo ano.

O fraco desempenho sobre grandes rivais e os triunfos conquistados em sua maioria contra seleções mal ranqueadas fizeram com que o Brasil caísse para sua pior posição na história do Ranking da Fifa, um 14º lugar obtido em outubro deste ano. Além do retrospecto ruim contra as grandes potências, a equipe canarinho não conseguiu levantar a Copa América, único torneio oficial que disputou na “Era Mano”, o que motivou severas críticas do torcedor brasileiro.

   

 

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