(OSVALDO PRADDO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O inglês Raymond Whelan, apontado como chefe do esquema que comercializava ilegalmente ingressos da Copa do Mundo a preços exorbitantes, foi solto na tarde desta quarta-feira (6). Whelan, que estava preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Sul do Rio de Janeiro, beneficiou-se de um habeas corpus concedido terça-feira pelo ministro do STF (Supremos Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello. CEO da Match, única empresa autorizada pela Fifa a comercializar ingressos durante a Copa de 2014, realizada no Brasil, Whelan estava preso há três semanas. Ele foi flagrado, em escutas feitas pela Polícia Civil, negociando bilhetes para os jogos com o franco-argelino Lamine Fofana, apontado pela operação "Jules Rimet" como o chefe de uma quadrilha internacional de cambistas. Esta é a segunda vez que a defesa do inglês consegue um habeas corpus. Raymond Whelan passou apenas 12 horas encarcerado na primeira vez em que foi preso no Brasil, dia 7 de julho. Além de Fofana e Whelan, outros 10 supostos integrantes do esquema são réus no processo. Entre eles, somente o advogado José Massih está em liberdade, concedida pela colaboração dada aos investigadores. Segundo a polícia, a quadrilha faturava mais de R$ 1 milhão por jogo com a venda de ingressos VIPs, oferecidos como cortesia a patrocionadores, ONGs e membros da comissão técnica da Seleção Brasileira. Uma entrada para assistir à final da Copa poderia custar R$ 35 mil.