Já de olho em 2013, Santos e Palmeiras duelam na Vila

Ciro Campos e Daniel Batista
01/12/2012 às 08:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:58

Santos e Palmeiras fazem na Vila Belmiro, neste sábado, a partir das 19h30, um clássico em que a aspiração das duas equipes é que a temporada acabe logo para tentar se reerguer em 2013. Os dois times não têm muito o que comemorar neste Campeonato Brasileiro e se despedem em um jogo sem expectativas nem mesmo das torcidas.

É claro que a competição para o Palmeiras foi muito pior, afinal de contas, após o título da Copa do Brasil, criou-se a esperança de que o time poderia fazer bonito também no Brasileirão, mas o que se viu foi um time sem compromisso, acomodado e rebaixado para a Série B.

Apesar de todo o clima desfavorável, o técnico Gilson Kleina espera comprometimento dos jogadores e que consiga, pelo menos, vencer. Já são cinco jogos sem um resultado positivo. Por isso, o treinador deixou de lado a ideia de escalar a garotada, como fez diante do Atlético Goianiense e resolveu apostar mais uma vez na base do time que causou o rebaixamento no Nacional. A esperança é que a experiência faça a diferença pelo menos na despedida.

Mas como conseguir motivar atletas que não precisam cavar espaço na equipe e, em alguns casos, até que não devem ficar para o ano que vem, como o zagueiro Román e o lateral-direito Artur? Gilson Kleina garante que vai conseguir fazer isso. "Se eu sentir que algum jogador não está motivado não coloco para jogar. Por tudo que passamos e por representarmos o Palmeiras, temos de entrar com toda a motivação do mundo. A responsabilidade é forte e não precisa que eu dê palestra para avisar isso", bradou.

O fato é que neste sábado não será dia de testes para o treinador. Por mais que tente motivar os atletas, ele sabe que o clima é de um amistoso de luxo. Os jogadores serão velhos conhecidos dele e da torcida e os garotos que vão a campo, Gilson Kleina já tem opinião formada, como Bruno Dybal, que já conquistou o jogador. "Ele mostra personalidade, qualidade de jogo, dinamismo, faz toques rápidos e arremata bem de fora da área", analisou o empolgado treinador.

CENTENÁRIO FRUSTRADO - Este era para ter sido o ano do Santos. O clube comemorou o centenário em abril com o status de atual campeão da Copa Libertadores e emendou no mês seguinte o tricampeonato paulista. Mas a partir do meio do ano a história mudou. O time foi eliminado na competição continental e perdeu jogadores que eram titulares, como o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Borges. No Brasileirão, a equipe sofreu com as lesões no elenco - entre eles a do zagueiro e capitão Edu Dracena - e as constantes idas de Neymar para a seleção brasileira.

O resultado disso foi uma equipe que chegou a rondar a zona de rebaixamento e teve como consolo o título da Recopa Sul-Americana. Pouco para quem tem um dos atacantes mais badalados do futebol e o comando do técnico Muricy Ramalho, quatro vezes campeão brasileiro. "Em 2013 não poderemos ter um elenco apenas para o primeiro semestre e muito menos passar o mesmo sufoco", disse o treinador.

As novidades com relação à escalação que enfrentou o Corinthians são a volta de Neymar, que cumpriu suspensão, e as entradas dos volantes Alan Santos e Miralles nas vagas de Adriano e André, respectivamente, que receberam o terceiro cartão amarelo.

O jogo contra o Palmeiras foi pouco comentado nesta sexta na entrevista do técnico. A questão central foi justamente o planejamento para o próximo ano. "Precisaremos ter dois jogadores por posição. Infelizmente com alguns clubes não podemos concorrer em termos financeiros, mas temos o nosso planejamento de correr atrás de reforços".
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