(Bruno Cantini/Atlético)
Muito mais do que o vice-campeonato brasileiro e a vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores, uma vitória no clássico deste domingo, às 17h, no Independência, vale para o Atlético a confirmação de uma virada técnica, que já conseguiu no geral, mas que ainda não alcançou nos confrontos diretos com o rival.
Para o Cruzeiro, além de atrapalhar a vida do Galo, um resultado positivo representa aumentar ainda mais a supremacia nas partidas entre os gigantes do futebol mineiro neste século.
Apesar do melhor momento dentro e fora de campo desde o returno do Nacional do ano passado, quando somou 14 pontos a mais do que o rival, os comandados de Cuca não conseguem bater o adversário e amargam um jejum de cinco jogos sem vencer.
A última vitória aconteceu em 8 de abril de 2011, no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, quando o Galo fez 2 a 1, na Arena do Jacaré. De lá para cá, o Cruzeiro venceu três duelos e dois terminaram empatados.
Os números comprovam que a equipe da Toca da Raposa supera com larga vantagem o alvinegro nos últimos anos. De 2001 em diante, em 51 jogos, foram 25 vitórias do Cruzeiro, contra 12 do Galo e 14 empates.
REAÇÃO
Mas, a partir do returno do ano passado, o Atlético deu mostras de que poderia começar a inverter a situação. Mesmo também brigando contra o rebaixamento em boa parte da temporada, o time de Cuca reagiu na reta final e terminou 2011 uma posição à frente do rival, com dois pontos de vantagem, fato inédito na era dos pontos corridos, implantados em 2003.
O Galo, porém, jogou tudo por água abaixo na rodada final do Brasileirão. Uma vitória rebaixaria o Cruzeiro, mas o Atlético acabou levando a histórica goleada de 6 a 1, até hoje na memória da torcida.
IGUALDADE
O encontro do turno deste ano pode ser considerado um divisor de águas na temporada do alvinegro. O Galo tinha mais de 80% de aproveitamento no Brasileirão, e a Raposa parecia presa fácil, mas o clássico terminou empatado (2 a 2). Terminava naquele 26 de agosto a supremacia do Atlético na competição. No returno, o aproveitamento do Galo caiu para 48%.
Por isso, o clássico é a hora da verdade para os dois rivais, novamente sob o comando dos maestros Ronaldinho Gaúcho e Montillo, que se destacaram no primeiro duelo.