(Reprodução/Twitter da CBF)
Sem ganhar um torneio oficial desde 1993, a seleção argentina clamava por um “milagre” de seu “messias” para manter vivo o sonho do título da Copa América. Mas, nem mesmo ele, Lionel Messi, foi capaz de atender ao anseio de seus discípulos. Nesta terça-feira (2), a Abiceleste viu Jesus “renascer” e puni-la de maneira implacável. Sim, Gabriel Jesus, que não marcava gol há mais de 600 dias pelo combinado verde-amarelo, comandou a vitória brasileira sobre os rivais, por 2 a 0, com um tento e uma assistência a Roberto Firmino.
O resultado, obtido num Mineirão lotado – 52.235 pagantes – e com a maior renda da história do estádio desde a reabertura para jogos em 2013 – exatos R$ 18.744.445 –, garantiu a Seleção Brasileira na final da competição, algo que não acontecia desde 2007, quando foi campeã. A decisão será no domingo, no Maracanã, contra o vencedor de Chile e Peru.
Jesus é brasileiro
Teve empurra-empurra, entradas mais fortes – algumas até “criminosas” – e provocações. Nem por isso deixou de haver belas jogadas, como o chutaço de Paredes de fora da área e a bola na trave de Agüero, que assustaram Alisson e gelaram a espinha de muito torcedor verde-amarelo. Só que esses lances não foram páreos para o primeiro gol do time Canarinho.
Aos 18 minutos, Daniel Alves fez a torcida se lembrar de Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Kaká e tantos outros craques dos anos 2000 que brilharam pela Seleção. Ele chapelou um adversário, deixou outro na saudade e tocou para Firmino, que, de forma cirúrgica, serviu Gabriel Jesus. Dentro da área, o camisa 9 só teve o trabalho de empurrar para as redes e espantar o jejum.
Jesus sem piedade
Na volta do intervalo, Messi, o ET, tentava fazer algo extraordinário, como tantas vezes o fez. Coube à trave, melhor amiga de Alisson na partida, o salvar novamente. O gênio argentino tentou. Porém, teve que aceitar e assistir ao show de Gabriel Jesus, que ludibriou seus adversários, incapazes de pararem o 9 brasuca, e tocou para Firmino ampliar. Salve, Jesus!
Homofobia
A baixa do jogo foi que, em meio à festa brasileira, gritos de “bicha” eram entoados por parte dos aficionados presentes no Mineirão nas vezes em que o goleiro Armani batia o tiro de meta. Uma cena lamentável! Isso pode render uma multa da Conmebol à CBF, como ocorreu na estreia do Brasil, contra a Bolívia, no Morumbi, por conta do mesmo motivo.