(Aurelio Botelho/Light Press)
Hora de controlar as emoções. Dividido em duas frentes nesta reta final de temporada, o Cruzeiro, que lidera o Campeonato Brasileiro e é finalista da Copa do Brasil contra o maior rival, vive dias de intensas batalhas. Mal se recuperou da derrota para o Galo na primeira partida da final da Copa do Brasil e o time se prepara para a “decisão” contra o Santos, às 17h deste domingo (16), na Vila Belmiro, pela 34ª rodada do Brasileirão. Na ponta da tabela, com 67 pontos, uma vitória pode deixar a equipe bem próxima do tão sonhado tetra Brasileiro, dependendo do resultado do São Paulo, que faz o clássico com o Palmeiras. Com tantas decisões, os jogadores revelam as dificuldades para “virar a chave”. “Na verdade, não somos robôs. Somos seres humanos. Não é fácil mudar de uma competição para outra e a cada três dias ter que se motivar novamente, sobretudo após uma derrota tão dolorosa como esta”, afirma o lateral Ceará. Substituto de Mayke na direita, ele exerce um papel importante no grupo cruzeirense. Líder dentro e fora dos gramados, o jogador, mesmo sem entrar em campo, foi apontado como um dos responsáveis pela virada sobre o Criciúma, no último domingo, após dar uma “palestra motivacional” no intervalo da partida, quando o Cruzeiro perdia por 1 a 0. O papel de motivador não é novidade para este experiente atleta, de 34 anos. Ceará é pastor da Igreja Batista Getsêmani. Mais novo de uma família de oito irmãos, ele saiu do Ceará em busca de uma vida melhor em São Paulo e se apoiou na religião para realizar o sonho de vencer no futebol. “Há fatores que são importantes para o melhor desempenho em campo. A liderança pode ser desenvolvida por meio de palavras e atitudes. Às vezes, é importante a gente falar”, ressalta.