Um dos grandes méritos de Ney Franco na atual temporada é conseguir dosar o esforço do seu elenco e promover uma rotação frequente entre os atletas para que ninguém se desgaste excessivamente. Contra o Paulista, na última quarta, colocou em campo uma equipe completamente diferente da que deve enfrentar o Corinthians e ainda assim conseguiu a vitória (2 a 0) que classificou o time para a próxima fase do Paulistão.
Apesar de reconhecerem o êxito do trabalho do comandante, os jogadores admitiram que gostariam de estar em campo sempre que possível. Para Jadson, por exemplo, é justamente a sequência de partidas que leva o grupo a alcançar um nível técnico maior.
"Não tenho esse problema de ser poupado, mas às vezes a comissão acha melhor dar um descanso. Particularmente prefiro jogar todas para ganhar sequência e ritmo, mas entendo a decisão dele", afirmou o meia, justamente um dos poucos titulares incontestáveis do treinador.
E o desejo dos atletas em permanecer em campo pelo maior tempo possível tem uma justificativa clara: a concorrência interna. A atual temporada tem sido marcada por trocas frequentes na equipe e ninguém quer abrir espaço para a possibilidade de voltar ao banco.
"O trabalho está sendo bem feito e o Ney sabe lidar com isso, ele sabe que pode contar comigo ou com o Cortez; pior é quando só existe um jogador na posição", ponderou Carleto, que aproveitou a ausência de Cortez e entrou forte na briga na lateral esquerda.
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