Quase uma semana após o trágico acidente aéreo da Chapecoense, os sobreviventes vão apresentando sinais de evolução. Depois dos jogadores Alan Ruschel e Jackson Follmann enviarem mensagens nos últimos dias, nesta segunda-feira foi a vez do jornalista Rafael Henzel gravar um áudio para a Rádio Oeste Capital, de Chapecó, onde trabalha, para tranquilizar os amigos e familiares.
"Estou com a voz assim porque estou há muito tempo sem usar. Queria dizer que está tudo bem, estamos avançando. Deus me deu uma segunda chance. A gente vai ter que trabalhar muito, todos nós. Mãe, fica bem aí. Tavinho está bem. Um abração para casa, para curar todas as lesões que tive. O importante é que estou vivo e pronto para a próxima", disse o jornalista, com a voz embargada. Tavinho é o filho de Rafael.
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Funcionário da Oeste Capital, o profissional viajava com o elenco da Chapecoense para fazer a cobertura da primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana, com o Atlético Nacional. O avião, no entanto, caiu nas cercanias de Medellín na última segunda-feira, deixando 71 mortos, boa parte deles integrantes da delegação do clube e profissionais da imprensa.
Rafael foi um dos seis sobreviventes da tragédia. No último boletim médico, divulgado no domingo, foi informado que o jornalista já respirava sem a ajuda de aparelhos, embora continuasse com uma infecção pulmonar. Os médicos ainda consideram o estado de Henzel como "crítico", mas ressaltaram uma evolução nos últimos dias.
Antes dele, Alan Ruschel, que sofreu fratura vertebral, chegou a brincar e dizer que estaria presente em um churrasco nesta semana. Já o goleio Jackson Follmann disse no sábado que sua vida "vale mais do que uma perna", após saber da amputação do membro. Já no domingo, gravou áudio dizendo: "Dessa vez eu passei batido". O caso que mais preocupa é o do zagueiro Neto. Ele é o único que segue entubado, está com pneumonia e ainda depende de ventilação mecânica para respirar.