Quando saiu do Corinthians em 2011, por 10 milhões de euros, o volante Jucilei era visto como parte do projeto do bilionário Suleiman Kerimov para ser um dos grandes jogadores do Anzhi Makhachkala, equipe da Rússia que ainda teve jogadores como Samuel Eto'o, Willian e Roberto Carlos. Mas os altos investimentos acabaram depois de resultados ruins no início desta temporada e o magnata resolveu liberar os astros do clube, desde que fosse recompensado financeiramente.
Sem propostas que o agradasse, Jucilei resolveu ficar. Sendo um dos únicos remanescentes daquele elenco estrelar, o jogador de 25 anos vê o Anzhi amargar a lanterna do Campeonato Russo. Com apenas seis pontos conquistados em 16 jogos, o time do Daguestão, que ainda não conseguiu vencer no torneio, deve cair para a segunda divisão ao fim da temporada.
Especulado na Inter de Milão, o volante brasileiro reiterou que pretende sair do Anzhi, mas que, por enquanto, não pretende retornar ao futebol brasileiro. "Eu não penso em voltar para o Brasil agora. Quero ficar por mais quatro anos, cinco, aqui na Europa", afirmou Jucilei, que já teria sido procurado por Cruzeiro e São Paulo.
Mesmo que já tenha recebido propostas de equipes que atuam em grandes centros da Europa, o volante não saiu por opção própria. "O Newcastle veio com uma proposta, ia pagar o Anzhi e eu recusei porque não chegou nos meus números. Tem que ser o contrato da minha vida, porque depois dos 31 anos, 32, você não faz mais um bom contrato", disse Jucilei, que além do clube inglês, foi procurado oficialmente por Fiorentina e Napoli na última temporada.
Quando saiu do Corinthians, após a eliminação diante do Tolima na Libertadores, o jogador foi bastante criticado pela torcida, por ter saído em um momento difícil e para um time sem muita visibilidade. Mesmo depois de quase três anos, Jucilei não demonstra arrependimento e afirma que a escolha foi profissional. "O jogador tem que fazer um balanço do financeiro dele. O torcedor quer sempre julgar, mas eu queria que ele tivesse no lugar do cara na hora de tomar uma decisão. O Bernard, por exemplo, estava fazendo um bom campeonato (Brasileirão), uma boa Libertadores. Então veio uma proposta (do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia), ele achou que foi boa e saiu do mesmo jeito que eu fiz", comparou.
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