O fim de semana foi inesquecível para o atacante Leandro. No sábado, ele estreou na seleção brasileira principal e marcou o último gol da vitória por 4 a 0 sobre a Bolívia, no país vizinho. Neste domingo, já de novo com a camisa do Palmeiras, fez uma boa partida contra a Ponte Preta e ainda anotou o gol que assegurou o triunfo por 2 a 1 e a classificação para a segunda fase do Paulistão.
Encerrada a partida, Leandro exibia um largo sorriso no rosto. Sentia-se realizado. "Tenho conseguido realizar todos os meus sonhos de criança", disse o atacante de 19 anos, ainda no gramado do estádio Moisés Lucarelli. "Desde que comecei a jogar, eu me esforço bastante nos treinamentos e nos jogos. Me empenho muito em tudo o que eu faço e estou sendo coroado".
Com a boa atuação e o gol, Leandro mostrou ter compensado o esforço do Palmeiras para "resgatá-lo" depois do jogo da seleção, realizado em Santa Cruz de la Sierra. Ele voltou ao Brasil no avião particular do presidente do Palmeiras, Paulo Nobre. "Ele me convidou para voltar com ele, pois ganharia algumas horas de descanso. Eu voltei e fui feliz, foi uma viagem tranquila", afirmou. "Antes de viajar eu tinha conversado com o professor (Gilson Kleina) e me coloquei à disposição para ajudar. Disse que se ele quisesse me escalar contra a Ponte, eu estaria pronto".
O atacante, porém, não jogará contra o Guarani, no próximo domingo, por ter levado o terceiro cartão amarelo ontem. Ele foi advertido por fazer o gesto para a torcida da Ponte ficar quieta após fazer seu gol. "São coisas do calor do jogo. É difícil ganhar da Ponte aqui, mas a partida acaba e tudo volta ao normal". Leandro também não poderá enfrentar o Libertad, do Paraguai, nesta quinta-feira, pois não está inscrito na Copa Libertadores.
ARBITRAGEM - O goleiro Fernando Prass está satisfeito com a vitória, a terceira seguida do Palmeiras contando partidas do Paulistão e da Libertadores, mas nem por isso poupou o árbitro Luiz Vanderlei Martinucho. Sua reclamação foi a falta que diz ter sofrido de Ramirez no gol da Ponte Preta - sofreu um corte no rosto. "Foi jogo perigoso e eu não deu nada. Tem jogo no qual a gente consegue superar os erros de arbitragem e vence, mas em outros isso não é possível", chiou o goleiro. "Temos que reclamar", acrescentou.
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