O principal personagem do clássico entre Santos e São Paulo, na tarde deste domingo, na Vila Belmiro, foi um jogador que não esteve em campo: Paulo Henrique Ganso. Durante os 90 minutos, o time da casa sentiu demais a falta não apenas de Neymar (está com a seleção brasileira no Recife), mas também de um jogador com qualidade no passe e talento para comandar o time. Após o jogo, sobrou coragem a Léo ao cobrar o fim da novela em que se transformou a situação de Ganso. Para o lateral-esquerdo, o assunto 'já encheu o saco', e a diretoria está na obrigação de decidir o destino do jogador.
"Tem de acabar logo essa novela mexicana do Ganso. Já encheu o saco toda essa palhaçada. Tem que resolver isso. Tem que valorizar o profissional que já foi campeão pelo clube", discursou Léo, sem medo de bater de frente com os cartolas da Vila. O lateral comparou o momento de Ganso com o vivido por Elano, há pouco tempo. "Ele não valia nada no Santos, foi para o Grêmio está jogando muito bem".
As declarações de Léo irritaram um dos mais próximos colaboradores do presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e membro do Comitê Gestor, Pedro Luis Nunes Conceição. Ele disse que jamais usou microfone para criticar jogador que atuou mal ou para apontar quem está fora de forma. "Léo extrapolou. Esse é um assunto que diz respeito exclusivamente à diretoria. Teremos uma conversa com Léo sobre isso. O que diz respeito ao contrato e valorização do Ganso é só do interesse dele e não de outros atletas. É assunto da diretoria".
Muricy Ramalho passou a maior parte da entrevista coletiva que concedeu após o jogo respondendo sobre Ganso, porém preferiu não tomar partido na discussão. "É preciso cuidado ao falar sobre isso porque tem um monte de coisas envolvidas. Existem coisas no futebol que as pessoas não sabem", disse o treinador.
Passado o clássico, o São Paulo deve voltar a procurar a diretoria do Santos para apresentar uma nova proposta para levar Ganso para o Morumbi. Fluminense e Grêmio também estariam interessados no meia.
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