(Bruno Cantini/Atlético)
Apresentado nesta sexta-feira (11) como jogador do Atlético, o goleiro Everson já tem condições legais para estrear pelo alvinegro. Contratado junto ao Santos, por R$ 6 milhões, ele teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF e poderá debutar já contra o Red Bull Bragantino, no domingo (13), já que Rafael, expulso contra o Peixe, está suspenso.
“Tem sido muito intenso os últimos dias, aconteceu tudo muito rápido, mas foi algo que desejava muito, vir trabalhar no Atlético, dentro desse projeto, que é de buscar títulos, coisas grandes. A oportunidade vem na adversidade, às vezes, nem espera, mas chego focado, em procurar meu espaço aos poucos, para agarrar quando tiver oportunidade com unhas e dentes”, disse o goleiro de 30 anos.
Sobre a resistência de parte da torcida pela sua contratação, já que Rafael vem fazendo um grande Campeonato e Victor, antes segunda opção, ser um dos maiores ídolos da história do clube, Everson se mostra tranquilo.
“O Rafael vem fazendo uma grande temporada, foi campeão mineiro. Temos o Victor, maior goleiro da história, grande ídolo de toda massa atleticana. Respeito muito o trabalho deles, respeito também o torcedor, mas pode ter certeza com trabalho o torcedor vai ver um goleiro muito empenhado”, comentou.
“O Victor é maior goleiro da história do Atlético, grande ídolo, me lembro do título da Libertadores, onde ele foi peça fundamental. Eu estava em uma equipe do interior e acompanhei todos os jogos. O Rafael entrou e vem desempenhando muito bem seu papel. Cabe a mim trabalhar. Na minha vida sempre foi com trabalho que conquistei meus espaços, respeitando meus companheiros”.
Confira outros pontos abordados por Everson na coletiva de apresentação:
Aval do Sampaoli
“O interesse do Sampaoli vem desde a minha antiga, que foi o Ceará, onde pude fazer um bom campeonato, tinha acabado de subir da Série B para A. A partir daquele momento houve interesse do Sampaoli por meu trabalho, pelos números. É um cara muito intenso, atualizado, acompanha tudo. Chego realizado com essa oportunidade e conquistar meu espaço aos poucos”
Tempo sem jogar
“Meu último jogo oficial foi antes da parada por conta da pandemia, mas nesse tempo continuei trabalhando com personal, nesse tempo que fiquei afastado da equipe do Santos também continuei trabalhando, com academia e bola na escola de goleiro dos Zetti, escola própria para treinos de goleiros. Pude não perder tanto de trabalho específico, lógico que tem ritmo de jogo, que todo atleta sente um pouco de falta. Se o professor optar ou precisar da minha pessoa no jogo, vou estar aqui”.
Jogar com os pés
“O futebol moderno exige que o goleiro saiba jogar com os pés, você faz um jogador a mais com a posse de bola, faz uma cobertura, cada vez mais o futebol moderno pede isso, um goleiro que tenha jogo com os pés, não que seja o principal, que é defender. Mas um goleiro que possa ajudar a equipe com saída de bola, com posse de bola, que não rife a bola, mantenha a equipe com a bola.”
“O principal do goleiro é defender, mas o futebol é moderno, a característica do nosso treinador é de manutenção de posse de bola. Isso hoje é algo fundamental no futebol moderno. Muitas equipes utilizam isso dentro e fora do país. Cabe a você se atualizar a dar suporte ao treinador. O goleiro é profissão ingrata. Não pode falhar nem debaixo do gol nem na saída de bola. Tem que sempre minimizar os erros. Somos seres humanos, vamos errar, mas trabalhamos para minimizar os erros, que eles não comprometam a equipe”
Torcida e auge da carreira
“A torcida do Ceará é apaixonada, não só uma das mais do Nordeste, mas do Brasil. O Santos também tem uma grande torcida por todos os cantos do Brasil, tenho um carinho imenso por ter trabalhado lá. O Galo tem essa massa atleticana, que tive o desprazer de jogar contra. Espero, quando essa pandemia acabar, jogar no Independência ou Mineirão lotado. Me lembro dos jogos na Copa do Brasil e Libertadores com a torcida sempre gritando o coro do Eu Acredito. Ficou marcado. Estou ansioso. Estou completando 30 anos, creio eu e vou trabalhar para que seja o auge da minha carreira e possa dar alegria à massa”
Galo no Brasileiro
“Hoje vejo o Atlético muito forte na briga pelo título, não só pela estrutura, pelo técnico, pelos reforços, pelos jogadores que se mantiveram. Vem fazendo um elenco muito forte. Só temos o Brasileiro, é focar muito nesse Brasileiro, para brigar pelo título e, consequentemente, buscar esse título para o Atlético, que vai colocar o nome de todos na história do clube”.