Libertadores dita o tom do clássico paulista no Morumbi

Fernando Faro e Raphael Ramos
31/03/2013 às 08:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:24

Salvo a vitória do Santos sobre o São Paulo por 3 a 1 no início de fevereiro, os clássicos do Campeonato Paulista têm sido marcado por placares magros - dos cinco jogos entre os grandes disputados até agora, foram quatro empates, sendo três sem gols -, falta de emoção, debilidade técnica e público muito abaixo das expectativas.

O jogo deste domingo entre São Paulo e Corinthians, às 16 horas, no Morumbi, pela 16.ª rodada, tinha tudo para ser mais uma partida esvaziada do Estadual, principalmente porque os dois times têm jogos decisivos na Copa Libertadores no meio da semana. Mas tanto Tite quanto Ney Franco resolveram levar a campo o que têm de melhor e trazem no discurso a esperança por um duelo à altura da rivalidade e da história dos dois clubes.

"Acho que vai sair um jogaço. São dois times com ambição de vencer, dois times de qualidade técnica individual e há uma expectativa danada de uma imprensa sedenta por um grande jogo. E nossa também, representando o sentimento do torcedor que vai ao estádio", disse o treinador do Corinthians.

A rivalidade crescente entre os clubes talvez seja o maior atrativo para o clássico, já que para efeitos de classificação o impacto será pequeno. Com 35 pontos e um jogo a menos, o São Paulo já está matematicamente garantido na próxima fase, enquanto que o rival alvinegro, com 26, tem situação bastante confortável na tabela. A prioridade é a Libertadores e muito do que acontecer em campo neste domingo será pautado pelas aspirações dos rivais na competição continental.

No clube tricolor, o embate servirá como último teste para saber quem será titular contra o The Strongest, na quinta-feira, em La Paz, em um jogo crucial para o time evitar uma vexatória eliminação precoce na fase de grupos. Ney Franco tem dúvidas nas laterais e no meio de campo e deve dar chance a Rodrigo Caio e Carleto, poupados na última quarta contra o Paulista, e Denilson, que cumpriu suspensão em Jundiaí. Se o trio for bem, certamente vai ser mantido na equipe no jogo na Bolívia. Eles brigam por posição com Paulo Miranda, Cortez e Wellington, respectivamente.

Pressionados pela má campanha na competição continental, os jogadores tentam manter a concentração e não ficar ligados no jogo do meio de semana. "Todo mundo tem de jogar ao máximo porque você não sabe o dia de amanhã. Temos de pensar em dar o melhor contra o Corinthians para somente depois pensar na Libertadores", analisou o meia Jadson.

EM BUSCA DE RITMO - Apesar de ter um pouco mais de oxigênio do que o rival, o Corinthians tem contra si o fato de ter de enfrentar uma viagem desgastante para a Colômbia e enfrentar o Millonarios, em Bogotá, um dia antes do jogo do São Paulo. Até por isso, Tite não quis confirmar a escalação, embora a tendência seja que ele entre com o que tem de melhor no Morumbi - exceção feita ao atacante Alexandre Pato, que volta após quatro jogos ausente por lesão e ficará como opção no banco.

Ao contrário de Ney Franco, o técnico do Corinthians não usará o jogo deste domingo para avaliar o rendimento de seus atletas, mas sim para dar ritmo a jogadores, que estão retornando de lesão (casos de Cássio e Paulinho) ou que foram poupados na última rodada por causa do elevado desgaste físico (Alessandro, Gil, Paulo André, Ralf e Danilo). "A prioridade é a Libertadores. É preciso levar em consideração o que pode dar ritmo para o jogo de quarta-feira", justificou o treinador.
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