Líder, invicto, melhor defesa e à frente de Cruzeiro e Galo: os segredos do Tombense

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
24/02/2020 às 16:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:44
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Líder com 14 pontos, invicto, time que mais ganhou, detentor da defesa mais sólida (um tento sofrido) e dono do segundo melhor ataque (dez bolas na rede) do Campeonato Mineiro. Este é o Tombense, a sensação da competição e que surge não apenas como maior ameaça à dicotomia Atlético/Cruzeiro – os dois maiores rivais do Estado, aliás, já sentiram na pele a força das garras do Gavião-Carcará – como também emerge como uma das esperanças de recolocar o interior no topo do torneio, algo que não ocorre desde 2005, quando o Ipatinga se sagrou campeão.

Um dos responsáveis diretos pela campanha acima da média do clube de Tombos nesta edição, o técnico Eugênio Souza ressalta que não há segredo para o sucesso, mas, sim, trabalho e bom planejamento, arquitetado pela diretoria e a comissão técnica. Parte desse processo já vem desde o segundo semestre do ano passado.

“Peguei o time numa situação complicada na Série C do Brasileiro, fizemos juntos sete jogos e conseguimos manter a equipe naquela divisão (o Tombense ficou em sétimo lugar, de dez clubes, no grupo B). Conseguimos manter alguns atletas para este ano, uma espinha dorsal, o que facilitou muito (o planejamento). Nosso sentimento é de que o trabalho está fluindo, e os resultados, acontecendo”, afirma Eugênio.

Um dos destaques do Tombense é o atacante Rubens, artilheiro do Mineiro. “Ele está atendendo as expectativas. Trata-se de um atleta na acepção da palavra, aberto aos ensinamentos. Um jovem que busca conhecimento da sua posição. E a artilharia é mérito dele”, completa o comandante.Bruno Cantini/Atlético

Feitos

Até agora, o time de Tombos enfrentou quatro outras equipes do interior, tendo vencido Tupynambás (1 a 0), Patrocinense (2 a 0) e URT (4 a 0) e empatado com o Boa (0 a 0). Mas os principais feitos foram os pontos conquistados sobre Atlético e Cruzeiro: o 1 a 1 com o Galo, em pleno Independência, e os 2 a 0 sobre a Raposa, em casa.

 “Isso tudo vai chamando atenção. Estamos dificultando mais os adversários. As pessoas começam a olhar de fora e pensar coisas como ‘o Tombense é um time difícil de tomar gol’. E os caras estudam a gente. A imprensa ainda fala que o Cruzeiro perdeu a chance de ser líder e não que foi o Tombense que venceu, assim como falam que roubamos pontos do Atlético. Não é crítica, sabemos lidar com isso também”, ressalta o treinador

E depois de surpreender dois clubes da capital, o Tombense espera fazer o mesmo com mais um, desta vez o América, vice-líder e dono do melhor ataque (11 gols), neste sábado, às 16h, no Horto, em jogo que vale a ponta na classificação. Os dois times possuem 14 pontos, mas o Gavião-Carcará supera o Coelho no saldo de gols (nove contra sete).

“Vejo que o América está num momento muito bom. Sabemos do poder ofensivo deles e o quanto os jogadores de lá estão atuando bem. Esperamos que, nesta disputa entre o melhor ataque e a melhor defesa, prevaleça a nossa defesa. E que possamos estar sempre buscando o gol adversário”, salientou Eugênio

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