(Carlos Rhienck - 24/2/2014)
Na era dos pontos corridos, ninguém comemorou mais vitórias do que eles. Soberanos na competição, Cruzeiro e São Paulo, que se enfrentam neste domingo (27), às 16h, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, travam um duelo particular quando o assunto é o Campeonato Brasileiro.
Afinal, desde a implantação do atual sistema de disputa, em 2003, cinco das 11 edições foram conquistadas pela dupla. O tricolor paulista é o maior campeão, pois ergueu a taça em 2006, 2007 e 2008. A Raposa comemorou o título em 2003 e 2013.
Por isso, o duelo de hoje, apesar de ser válido apenas pela segunda rodada, não pode deixar de ser encarado de forma especial, pois reúne duas equipes que quase sempre brigam na parte de cima da tabela.
Além dos dois títulos, o Cruzeiro ficou entre os cinco primeiros em mais quatro oportunidades, sendo que em 2010 foi vice-campeão.
O desempenho do São Paulo é ainda mais impressionante, pois por sete vezes, em 11 edições, integrou o G-4.
Isso faz com que a Raposa e o Tricolor do Morumbi sejam as equipes que mais se classificaram para a Copa Libertadores através do Brasileirão. O São Paulo buscou a vaga para o torneio continental em sete ocasiões. Já os estrelados, em seis.
Diante desse retrospecto, o técnico cruzeirense Marcelo Oliveira não poupa ninguém. Mesmo tendo um compromisso decisivo contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, na próxima quarta-feira, em Assunção, ele escala força máxima no Parque do Sabiá.
A única baixa será o atacante Dagoberto, que se recupera de uma lesão na coxa direita. Willian segue no setor. O restante da equipe será a considerada titular, inclusive com a volta de Ricardo Goulart, que ficou de fora das duas últimas partidas.
“O jogo com o São Paulo é fundamental para o Campeonato Brasileiro. Em um torneio de pontos corridos é importante você, desde a primeira rodada, estar jogando com toda a intensidade e buscando pontuar, porque esses pontos, lá no final, vão fazer muita diferença”, avisa o técnico Marcelo Oliveira.
Para o Cruzeiro, será uma oportunidade também de por um ponto final no amargo jejum que a equipe carrega contra o São Paulo.
A última vitória como mandante sobre o adversário, pelo Campeonato Brasileiro, foi em 2004, quando fez 2 a 1, no Mineirão. Depois, em dez jogos, sofreu seis derrotas e empatou quatro vezes.
O desempenho ruim acontece também como visitante e essa grande vantagem no confronto contra o Cruzeiro é fundamental para o São Paulo manter a liderança do ranking dos pontos corridos.
Nos 22 jogos entre as duas equipes pela Série A, a partir de 2003, o tricolor paulista conquistou 43 pontos, contra 16 dos cruzeirenses. A diferença é de 27.
Já somados os resultados da primeira rodada deste ano, quando os dois venceram, o São Paulo soma 746 pontos, contra 701 do Cruzeiro. Os dois são os únicos que já ultrapassaram a barreira dos 700 pontos.
ESTRELAS
Se, no Cruzeiro, o técnico Marcelo Oliveira promove a volta dos titulares, que não participaram da vitória de 2 a 1 sobre o Bahia, domingo passado, na Fonte Nova, em Salvador, na estreia da equipe no Brasileirão, no São Paulo, o técnico Muricy Ramalho escala o mesmo time que, na primeira rodada, fez 3 a 0 no Botafogo, no Morumbi. Os destaques são as estrelas Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato e Luís Fabiano.